Esta coluna já comentou 2 ou 3 vezes sobre o estrago da alta dos preços – especialmente comida e energia – na popularidade do governo. E não será surpresa se aparecer alguém propondo controle, ainda que pesando as palavras para não falar “tabelamento”.
Ex-chefe de gabinete da Conepe, que deu origem ao CIP (Conselho Interministerial de Preços), e ex-diretor da Sunab, o consultor Luiz Affonso Romano comenta com a coluna: “Sempre vai haver um Hamurábi que vai até querer matar as pessoas se aumentarem os preços. Isso aconteceu no Egito Antigo, Grécia, Roma. No Brasil, nos anos 1940, até a flor era tabelada no Dia de Finados.”
Romano fez um breve histórico do que foi feito no Brasil de 1940 a 94:
– controle de preços e congelamento geral de preços e salários;
– órgão controlador: Cofap, Sunab, Conep, CIP, Seap, DAP;
– sanções: multas, interdição do estabelecimento, desapropriação, prisão, corte de crédito;
– resultados esperados pelas autoridades: derrubar a inflação;
– resultados realmente alcançados: represar os preços por curtíssimo período para vê-los explodir logo adiante, após ágio, câmbio negro, desabastecimento…
O ex-diretor da Sunab lembra que foram os liberais Roberto Campos e Octávio Gouvêa de Bulhões que fizeram controle de preços forte na ditadura: quem não aderisse não vendia ao governo. “Com isso, criou-se uma reserva de mercado, país fechado para qualquer concorrência. Baixaram portaria dizendo que as empresas deveriam negociar através do sindicato. Todos pediam o mesmo reajuste, para ser dado no mesmo dia. Tinha até fabricante pedindo para não sair do controle de preços.”
Luiz Affonso Romano recomenda para os dias atuais: baixar imposto, investir no pessoal, aumentar o emprego, senão não teremos consumo, e investir no mercado interno.
Atos golpistas
Após o Alto-Comando do Exército, em “conversas reservadas” divulgadas na mídia, manifestar concordância com o presidente do STF, Luiz Fux, pode-se afirmar: o ministro do Supremo está prestigiado.
Rápidas
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