Desde quando a Teletrust de Recebíveis, a

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Phoneserv de Recebíveis são instituições financeiras para que os integrantes da CPI percam tempo examinando suas atividades? Desde quando é importante para a comissão, cujo objetivo principal é o de investigar as bandalheiras financeiras do último verão, se preocupar com o plano de expansão da Telegoiás, se foi cumprido ou se os investidores tiveram retorno sobre o capital? E como neutralizar a força do espírito de Torquemada que, depois de se apossar do senador João Alberto de Souza, imobilizou os demais membros da comissão? Essas são as questão que realmente perturbam os brasileiros, de vez que os adeptos da baderna financeira continuam impunes e se preparando para novos ataques especulativos contra o real.

O pitoresco é que a insistência do senador João Alberto contraria a opinião de grandes especialistas no direito comercial, que por diversas vezes afirmaram que não existiu ilegalidade nas emissões das debêntures da Teletrust. O moderno investigador, no entanto, resolveu aprofundar as pesquisas para encontrar culpados também entre os compradores de tais títulos. E com atraso de vinte anos, descobriram que são os fundos de pensão que absorvem as séries de debêntures emitidas pelas companhias brasileiras. E o maior de todos os pecados, a Previ se encontra na relação. Agora, os senadores querem saber se as fundações tiveram lucro e se existiram garantias efetivas. Pelo visto, terão de criar a CPI das fundações.

Caso complicado, mas que não é do interesse do senador João Alberto, é o da emissão das debêntures da Casa Anglo. Os portadores de tais títulos estão torcendo para que aconteça a reestruturação societária e financeira da empresa, mas sabem de antemão que são mínimas as chances para a saída da pior crise enfrentada pela companhia. Embora o salvador de empresas, João Paulo do Amaral, esteja solicitando R$ 200 milhões do Banco do Brasil e do BNDES, ou seja, dinheiro dos contribuintes, tais debêntures somente agradariam os inquisidores se tivessem passado de alguma maneira por parente, mesmo longínquo de Salvatore Cacciola. O engraçado é que ninguém está preocupado em saber aonde foi parar os recursos arrecadados por Ricardo Mansur, que na época administrava o banco Crefisul.

Evidentemente, não é do interesse do senador João Alberto, mas os brasileiros continuam querendo saber o nome do cliente do Banco Cacique que deu a ordem para a compra de 500 contratos de dólar no mercado futuro, na operação realizada pela corretora dos Mendonça.

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NOTA DO EDITOR
Pedimos desculpas aos nossos assinantes pela falha técnica ocorrida na análise do comportamento das ações preferenciais da Cemig publicada na edição de ontem. A análise teve informações incorretas. Como a cotação de fechamento foi R$ 36,99, passaram a existir resistências de curto prazo em R$ 37,30, R$ 37,90, R$ 38,20 e R$ 38,70. E suportes em R$ 36,90, R$ 36,30, R$ 35,70 e R$ 35,40.

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