Desempenho de Trump no último debate aumenta chances de reeleição

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As chances de reeleição do Donald Trump aumentaram, de acordo com a Betfair.net, após seu desempenho contra Joe Biden no segundo e último debate da campanha presidencial dos EUA. O candidato democrata, no entanto, ainda lidera as probabilidades de vitória. Antes do início do evento, Trump tinha 32% de chance de vencer a eleição de 2020, e a probabilidade subiu para 34% de chance, enquanto Biden caiu de 68% para 66% na análise da Betfair.net.

O jornal norte-americano "The New York Times" destacou que o tom deste segundo e último debate foi, no geral, mais moderado do que no primeiro encontro, realizado no mês passado: "Se o teor desse segundo debate, que ocorreu na Belmont University em Nashville, foi mais moderado, o conflito em questões de substância e visão não poderia ter sido mais dramático".

Desde os primeiros minutos, os dois candidatos tomaram posições opostas sobre a pandemia do SARS-CoV-2 e Trump prometeu – desafiando as evidências – que a doença está desaparecendo. Biden pediu uma ação federal muito mais agressiva para o "inverno sombrio" que se avizinha.

Para o "The New York Times", ambos deram previsões opostas para a pandemia do novo coronavírus e revelaram diferenças irreconciliáveis em questões que vão desde o resgate da economia e fortalecimento do sistema de saúde até o combate às mudanças climáticas e a reformulação do sistema de imigração.

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O " Washington Post" também afirmou que o debate foi mais moderado que o anterior e que as visões de mundo são muito diferentes entre os dois: "Donald Trump tentou mostrar Joe Biden como um político atormentado por escândalos que falhou durante décadas na política, e Biden tentou retratar Trump como um demagogo que abusou criminosamente dos imigrantes e lidou mal com a pandemia do novo coronavírus."

As constantes interrupções do primeiro debate, escreve o "Washington Post", foram substituídas por um contraste mais claro entre as suas visões conflitantes sobre o país e a trocas de ataques mais definidas.

Quando Trump tentou acusar Biden de ganhar dinheiro com a China, o ex-vice-presidente de Barack Obama lembrou que o chefe de Estado não divulgou as suas declarações de impostos, apesar das promessas de fazê-lo.

Segundo o "Washington Post", um dos momentos mais quentes da noite concentrou-se na política de Trump de separar as crianças imigrantes de suas famílias na fronteira.

O portal na internet do jornal mexicano "La Crónica" destacou também como o momento mais dramático da noite a questão da política migratória, que afeta diretamente o México, que faz fronteira com os EUA e por onde entra grande parte dos imigrantes.

Na hora do debate sobre a política de imigração, Biden não perdeu a oportunidade de acusar o seu rival com a notícia recente sobre as 545 crianças que foram separadas de seus pais migrantes, há cerca de dois e três anos, cujos pais ainda não puderam ser localizado para reagrupamento familiar ordenado pela Justiça.

O jornal mexicano também lembrou a tentativa de Trump de fugir à responsabilidade pela crise de saúde causada pela pandemia do SARS-CoV-2.

Trump e Biden ofereceram visões fortemente contrastantes sobre a pandemia do novo coronavírus, buscando persuadir os poucos eleitores indecisos 12 dias antes da eleição de 3 de novembro, segundo o diário mexicano.

 

Com informações da Agência Brasil, citando a RTP

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