A taxa de desocupação apresentou queda em 22 unidades da federação no 2º trimestre de 2022, frente ao trimestre anterior. Outros cinco estados registraram estabilidade. No confronto anual, contra o 2º trimestre de 2021, todas as 27 UFs tiveram queda da taxa de desocupação. Os dados são do detalhamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgado pelo IBGE. O índice nacional caiu de 11,1% para 9,3%, como informado pelo órgão no final de julho.
Tocantins registrou o maior recuo do 1º para o 2º trimestre: menos 3,8 pontos percentuais (p.p.), seguido por Pernambuco (3,5 p.p.). Alagoas, Pará, Piauí e Acre também se destacaram, com quedas de cerca de 3 p.p. nos quatro estados.
Nas grandes regiões, houve redução da taxa do 1º para o 2º tri, com o Nordeste registrando a maior taxa de desocupação: 12,7%. A região também abriga os três estados com maior índice de desemprego: Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). Já as menores taxas foram em Santa Catarina (3,9%), no Mato Grosso (4,4%) e no Mato Grosso do Sul (5,2%). Registraram estabilidade o Distrito Federal, o Amapá, o Ceará, o Mato Grosso e Rondônia.
A Pnad Contínua Trimestral mostra, também, que enquanto as taxas de desocupação das pessoas brancas (7,3%) e de homens (7,5%) ficaram abaixo da média nacional (9,3%), as das mulheres (11,6%) e de pessoas pretas (11,3%) e pardas (10,8%) continuaram mais altas no 2º trimestre deste ano.
A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, pondera que, apesar da queda generalizada na taxa de desocupação em diversos recortes, a distância entre homens e mulheres ainda é grande. “A queda foi maior entre as mulheres (2,2 p.p. contra 1,6 p.p. dos homens), porém, não foi o suficiente para diminuir a distância entre eles. A taxa das mulheres é 54,7% maior que a dos homens”, afirma.
O recuo disseminado da taxa de desocupação também atingiu o recorte cor ou raça. “Mas a taxa em relação aos pretos e pardos em relação aos brancos aumentou”, explica Beringuy.