Levantamento realizado pela Catho, que contou com a participação de 8.114 pessoas de todo o país, apontou que 68% dos respondentes alegaram não estar exercendo nenhuma atividade remunerada. Dentro desse grupo, 38% estão desempregados há um ano ou mais e 16,2% alegam estar sem emprego há mais de dois anos. Dentre eles, quase metade (48,3%) foi demitido da última empresa que trabalhava, enquanto 14,3% pediram demissão.
Ainda segundo a pesquisa, dentre os desempregados, 22,7% alegaram ter recusado uma nova proposta de emprego. Quando questionados sobre o motivo da recusa, os mais apontados foram remuneração insuficiente (44,1%) e localização da empresa muito longe de casa (22,8%).
De acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no país está em 13,2%. Mas as oportunidades para as 13,7 milhões de pessoas que buscam trabalho atualmente vêm crescendo.
Segundo a Catho, vagas para atuar em empresas do ramo de cosméticos foram as que mais cresceram. O setor fechou o semestre contabilizando um aumento de 253% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O segundo lugar do ranking fica para as oportunidades no setor de materiais de construção que fecharam o semestre com uma alta de 167%. Completando o pódio, vagas para atuar na área de turismo e viagem registraram um crescimento de 150%. Já o setor de saúde também teve um crescimento em relação ao mesmo período de 2020, quando houve um aumento significativo na busca por profissionais desse setor para auxiliar no ápice da primeira onda da pandemia de Covid-19. No primeiro semestre de 2021 vagas para atuar na área da saúde também subiram, registrando mais de 70 mil oportunidades no período.
Ainda de acordo com a empresa, em sua 63ª edição da Pesquisa Salarial, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal ocupam as primeiras colocações no ranking a maior média salarial do Brasil. Já Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte oferecem as menores remunerações do país, respectivamente.
Segundo o levantamento, a média salarial em São Paulo é de R$ 1.926,78, de R$ 1.756,71 no Rio de Janeiro e de R$ 1.731,48 no Distrito Federal. Com dois estados no topo do ranking, a região Sudeste é a que oferece a maior média salarial, com um valor de R$ 1.805,39. Em contrapartida, o Nordeste tem a menor remuneração com três estados ocupando as últimas colocações: Rio Grande do Norte (R$ 1.292,72), Sergipe (1.286,20) e Paraíba (1.282,66).
A média salarial nacional fica em torno de R$ 1.667,64. O estudo contou com a resposta de 8.400 profissionais de diferentes níveis hierárquicos que atuam em todo o Brasil.
Já pesquisa encomendada pela VR ao Instituto Locomotiva mostra que a saúde mental e o emprego são as principais preocupações do trabalhador. O estudo foi realizado no segundo semestre de 2021 e ouviu 4.028 trabalhadores da base VR de todo o país
Segundo o levantamento, 41% dos trabalhadores estão muito preocupados com a saúde mental. A preocupação é maior entre mulheres e trabalhadores com menor escolaridade. Ao mesmo tempo, trabalhadores que fazem home office demonstram maior preocupação em comparação aos colaboradores que não trabalham de forma remota. E 22% daqueles que trabalham remotamente atribuem notas 7 ou 8 em uma escala de preocupação, enquanto quem não faz a proporção é de 17%.
Quando questionados sobre o risco de perder o emprego, 37% dos trabalhadores afirmaram estar muito preocupados com essa possibilidade. A proporção é maior entre trabalhadores com menor renda e com ensino fundamental. Colaboradores que não fazem home office e que apresentam a apreensão somam 40%, enquanto os que trabalham de forma remota totalizam 33%.