Desenrola Pequenos Negócios: contratos ultrapassam R$ 2,4 bilhões

Volume financeiro teve crescimento em junho; no Sudeste, quatro em 10 dívidas negativadas em fevereiro foram sanadas em até 60 dias por empresas inadimplentes

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Dinheiro, cédulas, real
Dinheiro (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

O programa Desenrola Pequenos Negócios registrou, até o último dia 2, um volume financeiro renegociado de R$ 2.483.579.215. Ao todo, 69.635 contratos foram renegociados, beneficiando 42.216 clientes. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas.

Segundo a pasta, o volume financeiro negociado registrou “crescimento expressivo” ao longo de junho. No levantamento do dia 12 de junho, o total renegociado era de R$ 1,25 bilhão. No dia 24 de junho, o valor aumentou para R$ 1,68 bilhão. Nos últimos dias do mês, o total renegociado chegou a R$ 2,48 bilhões, aumento de 70% desde o início do programa.

Dentre as regiões do país, o Sudeste acumula maior volume negociado: R$ 1.043.097.842. Em seguida estão Nordeste, com R$ 466.222.187; Sul, com R$ 340.383.388; Centro-Oeste, com R$ 237.706.948; e Norte, com R$ 104.611.156.

O estado que mais renegociou dívidas, até o momento, foi São Paulo, com 11.016 clientes (26%), 20.917 contratos (30%) e volume financeiro renegociado de R$ 694.055.097 (28%). Em seguida aparece Rio de Janeiro, com 3.548 clientes (8%), 6.218 contratos (9%) e volume financeiro renegociado de R$ 203.832.168 (8%).

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Com a proposta de auxiliar pequenos negócios a superarem dificuldades financeiras, o programa conta com a participação de sete bancos, que representam 73% do total da carteira de crédito de micro e pequenas empresas nacionais: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Sicredi e Mercantil do Brasil.

Para aderir ao Desenrola Pequenos Negócios, o microempreendedor ou pequeno empresário deve entrar em contato com a instituição financeira onde tem a dívida. As renegociações podem ser realizadas por intermédio de canais de atendimento oficiais, como agências, internet ou aplicativos móveis. Cada banco participante define suas próprias condições e prazos para a renegociação.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que somente bancos cadastrados no programa podem oferecer as condições especiais de renegociação. Em caso de dúvidas ou suspeitas sobre ofertas de renegociação, os empresários são aconselhados a contatar seus bancos pelos canais oficiais e a não aceitar propostas fora dessas plataformas.

As oportunidades para renegociação de dívidas bancárias são válidas para microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Já as dívidas elegíveis são aquelas não pagas até 23 de janeiro de 2024, sob a proposta de permitir que os empresários obtenham recursos necessários para manter suas atividades.

Segundo o Indicador de Recuperação de Crédito das Empresas da Serasa Experian, no Sudeste, do acumulado de dívidas das companhias que foram negativadas em fevereiro deste ano, quatro em cada 10 (40,1%) foram pagas ou renegociadas em até 60 dias. O Espírito Santo registrou o maior percentual de pagamentos da localidade (52,9%).

Na visão nacional, segundo o Indicador de Recuperação de Crédito das Empresas da Serasa Experian, do total de débitos negativados em fevereiro deste ano, 44,2% foram pagos ou renegociados pelas empresas inadimplentes em até 60 dias após o mês de referência. Na abertura por setores, utilities (água, gás e energia), recebeu o maior percentual de pagamentos (51,0%).

Na análise pela idade das dívidas, aquelas com até 30 dias de vencimento foram as mais liquidadas (56,2%). Em seguida, ficaram as de até 60 dias (42,3%), 90 dias (25,0%), contas com 1 ano (15,1%), 180 dias (15,1%) e as que venceram há mais de ano (8,3%).

Os dados do Indicador de Recuperação de Crédito das Empresas da Serasa Experian mostraram, ainda, que os compromissos financeiros com valor acima de R$ 10 mil foram os mais elegidos pelas empresas inadimplentes na hora de colocar as contas em dia (48,0%). Por outro lado, dívidas de R$ 2 mil a R$ 10 mil foram as menos contempladas (40,6%).

Ainda segundo o levantamento, o Piauí liderou o topo do ranking nacional do Indicador de Recuperação de Crédito das Empresas da Serasa Experian (66,0%), seguido pelo Ceará (59,3%) e Paraíba (57,8%).

Com informações da Agência Brasil

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