“Desestabilização macroeconômica, desmonte do aparelho produtivo, esgarçamento

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do tecido social, deterioração política, degradação institucional e perda de governança. Com este desempenho medíocre, não é de se estranhar que o risco Brasil esteja entre os maiores do mundo e que o país sofra crises cambiais recorrentes.”
(Reinaldo Gonçalves, professor da UFRJ)

O decálogo da empresa-cidadã é lembrado toda vez que alguém pergunta o que é ser empresa-cidadã. A pedidos, ele é novamente apresentado.

1) Ser empresa-cidadã é complexo e dá trabalho. Nenhuma empresa chega a ser cidadã sem comprometer colaboradores, consumidores, vizinhos e comunidade, governo e fornecedores.

2) A empresa-cidadã faz mais do que o exercício do bom samaritano ou do simples bom-mocismo. Ela não se limita à filantropia, muito menos à pilantropia.

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3) A empresa-cidadã não entra no céu. Não há registro de empresas que tenham ido para o céu, mesmo sendo cidadã.

4) A empresa-cidadã fala das ações que realiza. Se a empresa insistir em entrar no céu, vai precisar de bons depoimentos a seu favor no julgamento final.

5) Empresas fazem erros; erros não devem fazer a empresa-cidadã. Erros antes cometidos não devem servir de razão para erros do futuro.

6) A empresa-cidadã é o que pensa e diz que é. Toda empresa tem um caráter, chamado de cultura organizacional. Esse caráter move a empresa na busca de sua missão. Felizmente, para alguns casos, caráter está sempre em formação e pode ser regenerado.

7) A empresa-cidadã atua a favor da vida e não contra a morte. Nem todo dano pode ser desfeito, seja social ou ambiental. Há empresas que acham que desmatar é o contrário de matar. Sobretudo as empresas que atuam em negócios em que há risco ambiental devem fazer da preservação também um negócio, atuando proativamente.

8) A empresa-cidadã sabe controlar custos. Na empresa, custo é o nome da distância que há entre a boa intenção e a realização. Muitas vezes, os bons propósitos sucumbem diante da primeira conta a pagar.

9) A empresa-cidadã não se envergonha da sua receita. O exercício da responsabilidade social gera receita. Nem só de custos é feita cidadania empresarial. Ela contribui para a efetivação de cenários mais favoráveis à realização dos negócios, para a atração de investidores, para a fidelização dos consumidores, para a satisfação e produtividade dos colaboradores, todos fatores propícios ao incremento das receitas.

10) A empresa-cidadã é criativa. O exercício da cidadania empresarial estica, encolhe, pode e deve ser medido e vale pelo uso que dele se faz, não pelo tamanho que tem. Não é o valor do investimento feito que assegura a qualidade dos projetos. Iniciativas de custo menor podem ter repercussão social maior do que iniciativas de custo grande. O ambiente da empresa-cidadã é dinâmico, nele o seu desempenho se transforma e, por isso, deve ser permanentemente medido.

DIGNO DE NOTA
A análise realizada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) do conjunto de 45 corporações de grande porte, com receita líquida consolidada de R$ 163 bilhões e que publicam balanço social, concluiu que, do total de 371 mil trabalhadores, apenas 29,6% são mulheres. Concluiu também que, apesar de a População Economicamente Ativa (PEA) ser composta em 41,4% de mulheres, elas ainda ocupam apenas 15 % dos cargos de chefia.

AGENDA
Seminários gratuitos para orientar os consumidores de energia é o que a GE oferece, através do Instituto de Iluminação. Com o fim do racionamento (e aumento do custo) de energia, é oportuno saber qual a lâmpada mais indicada para ambientes residenciais e comerciais, como obter um menor consumo de energia elétrica com mais intensidade luminosa e respostas para outras questões, que serão abordadas nos seminários de iluminação eficiente por profissionais da GE Iluminação.
Os seminários são gratuitos e restam ainda duas datas no mês de março – 19 e 26. O Instituto de Iluminação da GE é resultado de um investimento de US$ 350 mil dedicado ao estudo e aos benefícios da luz, consolidando-se como um importante centro de divulgação da arte de iluminar. Nele são realizados cursos, exposições, aplicações práticas em ambientes fechados e abertos, além de oferecer biblioteca para consultas.
O Instituto de Iluminação ocupa 500 m2 localizados no Parque Industrial Thomas Alva Edson, no Rio de Janeiro, onde a GE produz cerca de 300 milhões de lâmpadas por ano de usos doméstico, industrial, público e automotivo. Os seminários de iluminação eficiente são realizados no período da manhã para turmas de 50 alunos no máximo e os interessados podem utilizar o telefone 0800 78 7843.

Paulo Márcio de Mello
Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)
Correio eletrônico: [email protected]

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