Desmatamento é a questão ambiental mais importante para brasileiro

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O desmatamento é a questão ambiental mais importante para cinco em cada 10 brasileiros (53%), aponta a pesquisa global "Earth Day 2019" da Ipsos. Segundo o estudo, o assunto lidera entre os prioritários para os entrevistados do Brasil. Em seguida estão: poluição da água (44%), lidar com os resíduos que produzimos (36%), aquecimento global (29%) e esgotamento de recursos naturais (23%).

No mundo, o aquecimento global é considerado o tema mais prioritário, mencionado por 37% dos entrevistados. A poluição do ar, com 35%, e como lidar com o lixo que produzimos (34%) aparecem em seguida, e depois a poluição da água (25%). O desmatamento só aparece em 5º lugar no ranking global, com índice de 24%.

"Os brasileiros são bastante enfáticos ao colocar a questão do desmatamento em primeiro plano, um provável reflexo das discussões recentes sobre o tema. O Brasil tem a segunda maior área total de florestas do mundo, atrás apenas da Rússia, onde somente 20% dos entrevistados veem o tema como prioridade", afirma Karen Klas, diretora de negócios na Ipsos.

Outra questão que aparece com bastante destaque no Brasil quando comparado a outros países são as enchentes. Dois em cada 10 brasileiros (18%) dizem que esse tema é importante. O índice é o dobro da média global, de 9%.

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"A importância desse tema também não é surpresa dadas as recentes inundações no Brasil. Com questões imediatas exigindo respostas, as opções que se referem ao futuro, como novas fontes alternativas de energia e alimentos nos preocupam menos do que à média global", ressalta Karen.

Nove em cada 10 brasileiros (89%) estão preocupados com os efeitos que embalagens, sacos plásticos e outros objetos que não podem ser reciclados podem causar no meio ambiente. Globalmente, 81% dos entrevistados estão preocupados com o tema.

Uma boa parte quer declarar seu apoio por meio das suas escolhas. Seis em cada 10 (58%) entrevistados dizem que comprariam mais produtos feitos de material reciclado. O percentual está um pouco acima do resultado global (51%).

"Mas o sacrifício pessoal dificilmente chega ao ponto de admitirem um desembolso extra, já que somente 12% investiriam recursos próprios para estimular marcas que usam apenas embalagens recicláveis e só 11% estariam dispostos a pagar mais impostos para a melhoria de estações de reciclagem", diz Karen.

Para quase metade dos brasileiros (48%), a principal forma de reduzir os impactos é forçar o governo local a gastar mais com reciclagem para que mais itens possam passar por esse tratamento. O resultado está bem próximo da média global (46%).

Os entrevistados no Brasil acreditam muito mais nas campanhas de conscientização pública (40%) do que o restante do mundo (27%). A responsabilidade por liderar a resolução do problema é distribuída entre fabricantes, governo, distribuidores e consumidores, com um pouco mais de peso para os primeiros.

O estudo foi realizado em 28 países, com 19,5 mil entrevistados, sendo 1.000 brasileiros, entre os dias 22 de fevereiro e 8 de março. A margem de erro é de 3 p.p para o Brasil.

 

Queimadas – As queimadas estão proibidas em todo o país durante o período de 60 dias, a partir de hoje. Decreto determinando a suspensão da permissão do uso de fogo nesse processo está publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira.

A medida não se aplica em casos como de controle fitossanitário, desde que seja autorizado pelo órgão ambiental competente; nas práticas de prevenção e combate a incêndios; e nas práticas de agricultura de subsistência das populações tradicionais e indígenas.

A Operação Verde Brasil, que reuniu várias agências em torno do combate aos incêndios na Amazônia Legal, registrou diminuição nos focos de incêndio nos últimos dias. Embora ainda não haja confirmação de tendência de extinção do fogo nos próximos dias, a avaliação do governo até o momento é positiva.

Na última sexta-feira, Jair Bolsonaro autorizou o uso das Forças Armadas no combate aos incêndios na região. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.

O efetivo empregado na Amazônia Legal, entre militares e brigadistas, é de 3.912 pessoas, além de 205 viaturas. O Brasil também recebeu ofertas de ajuda internacional. Dentre elas, o Chile ofereceu equipes especializadas e três aviões com capacidade de armazenar 3 mil litros de água e os EUA duas aeronaves para combate a incêndio.

Israel ofereceu 100 m³ de agente químico retardante de chamas e o Equador disponibilizou três brigadas com especialistas em combate a incêndios florestais. A ajuda internacional ainda não foi posta em prática.

 

Com informações da Agência Brasil

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