O Banco Central do México reduziu sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano passado de 1,3% para 1,1%. Ou seja, apesar de toda a badalação em torno da participação do México no Nafta (acordo comercial com Estados Unidos e Canadá), o crescimento do país latino deve ficar empatado com o pífio desempenho do Brasil. Fato que, por si só, coloca em xeque os virtuais benefícios que a Alca poderia trazer. A projeção inicial dos mexicanos era de crescer ao redor de 2%. A divulgação oficial dos números do PIB será feita em 14 de fevereiro.
Caminho certo
“O programa de energia de Lula coincide com a nossa visão, no que diz respeito à dificuldade futura de investimentos nas grandes termelétricas movidas a gás natural, que viria em grande parte da Bolívia e cotado em dólar.” A afirmação é do presidente da Koblitz, empresa do mercado energético, Luiz Otávio Koblitz. O empresário acha coerente a proposta do PT de investir no potencial hidrelétrico. Ele lembrou que a Eletrobrás, que é grande geradora nacional e tem a maior parte do parque hidroelétrico existente amortizado, aumentará a cada ano, a partir de 2003, o preço de 25% da energia fornecida. Ela passará dos atuais R$ 40,00 MW/h para, pelo menos, R$ 70,00 MW/h. Com o caixa reforçado, a estatal poderá, provavelmente, em parceria com a iniciativa privada, alavancar projetos hidroelétricos necessários à continuidade do desenvolvimento em, no mínimo, 65% das novas necessidades.
A geração distribuída poderá ser responsável por até 30% das novas necessidades do setor elétrico, na avaliação de Koblitz. A grande vantagem é que, por ser a geração de pequeno porte e distribuída, o sistema elétrico terá ganhos na transmissão e distribuição, em que atualmente se investe 50% de todos os recursos do setor elétrico, segundo o empresário. A geração distribuída poderá contribuir com 12 mil MW nos próximos dez anos.
BNDES
O professor Carlos Lessa toma posse hoje, às 15h, na presidência do BNDES. A solenidade, com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, será na sede do Ministério, em Brasília. A transmissão de cargo está prevista para o dia 17, quando será empossada a nova diretoria da instituição.
Eles e Lula
Os primeiros 60 dias de Lula na Presidência do Brasil serão o foco de uma mesa redonda organizada pelos banqueiros de Miami. A Florida International Bankers Association (Fiba) promove o evento, intitulado “Brasil: perspectivas pós-eleitorais”, na quarta-feira, 26 de fevereiro, das 12h às 14h, no JW Marriott Hotel, Miami. As palestras serão de Sebastião Cunha, diretor do Banco Santos, e Enrique Hidalgo-Noriega, do Lehman Bros.
Tigre voraz
Uma missão da Câmara de Comércio Coreana no Brasil vai visitar a Coréia do Sul, no início do ano, para intensificar os negócios nas áreas de tecnologia da informação, eletroeletrônica, máquinas e peças para maquinário. Em 2001, a corrente de comércio (exportações mais importações) entre os dois países somou cerca de US$ 2,737 bilhões. Como a Coréia exportou US$ 1,61 bilhão e o Brasil, cerca de US$ 1,126 bilhão, o país acumulou um déficit de US$ 484 milhões com os coreanos, que, de olho no nosso mercado, oferecem produtos tecnológicos com preços cerca de 30% menores que os oferecidos pelos produtores dos Estados Unidos.
Da euforia à depressão
Um dos momentos mais felizes na vida de um casal, o nascimento de um bebê, no entanto, tem grandes chances de ser seguido por um problema de saúde da mãe. Segundo o obstetra Eduardo Zlotnik, de São Paulo, a depressão pós-parto, em seu estágio mais leve, atinge até 75% das mulheres. Embora a causa ainda seja desconhecida, o médico diz existirem sinais de que ela seja causada pela grande variação hormonal pela qual passam as mulheres nesse período.