Devido à alta da Selic, 11,27% das empresas estão inadimplentes

'Neste ano, em que teremos uma taxa de juros maior, com certeza veremos esse gráfico retomar uma curva de crescimento', avalia analista

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Dinheiro, cédulas de real (Foto: ABr/arquivo)
Dinheiro, cédulas de real (Foto: ABr/arquivo)

A inadimplência das empresas inaugura o ano em patamares elevados. No primeiro relatório de janeiro de 2025 do IMD, observamos que a inadimplência se manteve alta, no nível de 11,27%. O comportamento da inadimplência das empresas apresenta uma correlação direta com a taxa Selic. No comparativo histórico:

Em 2023: a manutenção de juros elevados por vários meses provocou um aumento expressivo na inadimplência, com uma taxa média de 13,42%.

Em 2024: com a redução dos juros, a taxa média de inadimplência caiu para 11,23%.

O Índice Multiplike de Devedores (IMD) oferece também uma visão abrangente da inadimplência em curto, médio e longo prazo. Das seis faixas de vencimento, quatro apresentaram altas, sendo a maior variação na faixa de vencidos acima de 360 dias, saindo de 17,37% em dezembro para 19,84% em janeiro. A faixa com maior percentual é dos vencidos de até 30 dias que recuou saindo de 43,78% em dezembro para 38,62% em janeiro. As demais faixas somam 41,55%. A consideração é que quanto maior o prazo do vencido, mais difícil fica recuperar o crédito.

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“O aumento de 1% na taxa de juros a partir de dezembro sinalizou o início de um novo ciclo de aperto monetário. Com a Selic projetada para ultrapassar os atuais 13,25% ao longo de 2025, os impactos já começam a se refletir em diversos indicadores econômicos”, afirma Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

Em janeiro de 2025, o patrimônio líquido (PL) dos FIDCs multicedente/ multissacado atingiu R$ 57,6 bilhões. A análise, que abrangeu uma amostra de 356 FIDCs. Desse total: R$ 55,09 bilhões foram lastreados em direitos creditórios, representando praticamente a totalidade dos ativos; e R$ 6,2 bilhões em recebíveis não foram liquidados na data originalmente prevista.

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