Dez estados intensificam queda na produção industrial

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As indústrias do Rio de Janeiro e de Goiás são as únicas que conseguiram se manter no terreno positivo no acumulado de janeiro a junho deste ano, com altas de 2,3% e 0,9%, respectivamente. Na outra ponta estão Ceará e Espírito Santo, com quedas de 22% e 20,8%. São Paulo, maior parque industrial brasileiro, tem queda acumulada de 14,2% no primeiro semestre, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional do IBGE.

A indústria brasileira cresceu 8,9% em junho em relação a maio, já descontados os efeitos sazonais. Das 15 localidades acompanhadas pelo IBGE, 14 registraram aumento de produção. Na comparação com 2019, porém, o resultado ainda é negativo, mostrando que a produção não conseguiu se recuperar do tombo em março e abril.

Houve quedas de 9% em relação a junho do ano passado, de 10,9% na comparação com o primeiro semestre e de 5,6% no acumulado de 12 meses. Em 12 dos 15 locais houve taxas negativas em junho de 2020 em comparação com junho de 2019, e dez intensificaram as quedas registradas em maio.

A grande maioria das localidades ainda se encontra muito longe do nível anterior à crise de Covid-19, informa o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Comparando jun/20 com fev/20, o diferencial do nível de produção é de -13,5% para o total Brasil, mas chega a -30,3% no Espírito Santo, -21,3% no Nordeste e -17,3% no Rio Grande do Sul. São Paulo tem uma defasagem de -14,4%. Amazonas, com alta de 65,7% na passagem de maio para junho, foi o primeiro estado a recuperar o nível de produção anterior à pandemia.

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O índice de média móvel trimestral, ainda na série com ajuste sazonal, mostrou queda de 1,8% no trimestre encerrado em junho de 2020 frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória predominantemente descendente iniciada em outubro de 2019.

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