Dia das Crianças deve movimentar R$ 10,93 bi no varejo

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Loja de brinquedos (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Loja de brinquedos (Foto: Fernando Frazão/ABr)

A expectativa de consumo para o Dia das Crianças deste ano reforça a tendência de uma recuperação gradual do varejo. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais aponta que 72% dos brasileiros devem ir às compras no Dia das Crianças. A expectativa é de que o varejo movimente aproximadamente R$ 10,93 bilhões.

De acordo com o levantamento, entre os entrevistados que vão comprar presentes, mais de um terço (36%) pretende gastar o mesmo valor que no ano passado e 31% têm a intenção de gastar menos. Já 23% pretendem gastar mais do que no Dia das Crianças de 2020. Em média, os consumidores pretendem comprar 2,19 presentes (número que aumenta entre as mulheres). No total, o consumidor deve desembolsar R$ 200 com os presentes. A maioria pagará os produtos à vista (82%) e 38% planejam pagar parcelado. As principais formas de pagamento serão: dinheiro (45%), cartão de débito (38%) e cartão de crédito parcelado (36%). Entre os que irão dividir o pagamento das compras, o número médio de parcelas será de 4 prestações.

Ainda de acordo com a pesquisa, as dificuldades impostas pela crise são as principais razões para aqueles que se planejam para gastar menos. Entre os que pretendem gastar menos este ano, 33% pretendem economizar, 29% estão com o orçamento apertado, e 18% citam as dificuldades do cenário econômico, como a inflação elevada e economia instável. O estudo aponta ainda que entre os que não pretendem dar presentes, 34% não possuem crianças na família ou no círculo de amigos que queiram presentear, 18% vão priorizar o pagamento de dívidas, e outros 18% não têm o costume; 71% consideram que os produtos estão mais caros este ano se comparados ao ano passado. Já entre os que vão deixar de presentear porque estão sem dinheiro, desempregados ou não vão encontrar o filho, 74% citam a influência dos impactos da pandemia do coronavírus.

Dentre a parcela minoritária de entrevistados que irá gastar mais (23%), as principais razões são: o desejo de comprar um presente melhor este ano (44%), o aumento dos preços dos produtos (35%) e a intenção de comprar mais presentes (29%).

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De acordo com os consumidores entrevistados, os presentes mais procurados são: bonecas/bonecos (41%), roupas e/ou calçados (35%), jogos de tabuleiro/educativos (32%) e avião/carrinho de brinquedo (20%).

Pelo segundo ano consecutivo da pesquisa, a internet será o principal local de compras (37%), seguida pelo shopping center (33%) e lojas de rua/bairro (23%). Entre os que realizarão as compras pela internet, 79% devem utilizar os sites, 70% os aplicativos e 20% o Instagram. O levantamento aponta ainda que os fatores que mais influenciam os consumidores na escolha do estabelecimento que pretendem comprar são: preço (69%), localização (46%), e diversidade de produtos (43%). Já os principais fatores considerados na hora da compra do(s) presente(s) são: qualidade do presente (25%), o preço (18%), as promoções e descontos (16%) e o desejo do presenteado (16%).

A pesquisa revela ainda que muitos dos compradores estão com orçamento apertado. De acordo com os entrevistados, 24% costumam gastar mais do que podem com as compras do Dia das Crianças. Entre os que vão presentear nesta data, 7% pretendem deixar de pagar alguma conta para comprar o(s) presente(s) e 33% estão atualmente com alguma conta em atraso, sendo que 63% destes estão com o nome sujo.

Ainda que esse comportamento impulsivo seja bastante presente, a maioria (79%) pretende fazer pesquisa de preço antes de comprar o(s) presente(s). O principal local de pesquisa será a internet (76%), sobretudo os sites/aplicativos (65%), enquanto 70% farão pesquisa de preço offline, principalmente em lojas de shopping (41%) e lojas de rua (40%).

Já levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec-RJ), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro sobre a data, mostra que a comemoração deve injetar cerca de R$ 1,7 bilhão na economia do estado. O total da movimentação econômica superou os resultados de 2019 (R$ 1,3 bi), período pré-pandemia e também 2020 (R$ 1,2 bi). Sinal de que os fluminenses estão indo às compras e deixando um saldo positivo de recursos no comércio de bens e serviços. O ritmo regular da vacinação na capital e nos municípios também pode ter colaborado para o melhor desempenho comercial da data.

Outra boa notícia é o aumento no percentual dos que pretendem presentear esse ano: em 2020 foram 51,3% dos fluminenses enquanto na sondagem de 2021, 62,8% dos respondentes relataram a intenção de presentear. Esse resultado é 11,5 pontos percentuais superior ao obtido em 2020 e 5,6 pontos percentuais maior que 2019.

O valor do consumo médio real apresentou uma pequena redução, indo de R$ 194,29 em 2020, para R$ 191,13 em 2021. Entretanto, essa quantia será maior que o obtido em 2019, quando o gasto médio foi de R$ 180,33. Apesar da diminuição na média, a pesquisa estima que mais de 8,7 milhões fluminenses devem presentear na data, número superior ao estimado em 2020 (6,5 milhões) e 2019 (7,2 milhões).

A pesquisa também procurou saber dos consumidores quais serão os produtos mais adquiridos. Em primeiro lugar, estão os brinquedos (61%); seguidos por roupas (32,5%); calçados (14,4%); livros (14%); eletrônicos como videogames e tablets (12,7%); jogos de computador (6,5%); bicicleta (5,8%); e outros presentes (8,2%). Sobre onde vão comprar, o estudo identifica que os fluminenses estão divididos: 40,4% em lojas físicas, 22,9% em lojas virtuais e pretendem realizar compras em ambas 36,6%.

A sondagem ocorreu nos dias 22 e 26 de setembro e contou com a participação de 465 consumidores de todo o estado.

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