Dia das Crianças deve movimentar R$ 16,1 bilhões em 2023

Previsão de gasto médio do brasileiro é de R$ 213; Inmetro inicia operação Criança Segura, baseada em produtos infantis

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Loja de brinquedos (foto de Fernando Frazão, ABr)
Loja de brinquedos (foto de Fernando Frazão, ABr)

No próximo Dia das Crianças, 65% dos brasileiros pretendem comprar presente, com investimento médio de R$ 213. Esses dados foram revelados pelo Instituto Datafolha, em uma pesquisa realizada a pedido da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). A estimativa é que a data deve movimentar aproximadamente R$ 16,1 bilhões em compras nos setores de comércio e serviços.

O estudo diz ainda que, para 33% dos entrevistados, o valor gasto neste ano deve ser maior do que no ano passado. Para 34%, o valor deve permanecer igual, e, para 30%, abaixo do que o gasto anterior. Ainda sobre o recorte de desembolso médio, os homens pretendem gastar mais (R$ 252) do que as mulheres (R$ 174).

Entre todas as regiões, o Centro-Oeste registra o maior valor médio, de R$ 236, ficando acima da média nacional, assim como o Sudeste, com R$ 233, e a Região Sul, com R$ 219. Norte e Nordeste apontam gasto médio de R$ 197 e R$ 178, respectivamente.

Em relação à intenção de compra, o Centro-Oeste também lidera com 71%, seguido pelo Nordeste com 69%, Norte com 67%, Sudeste com 62% e da região Sul, com 60%.

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Quando perguntados sobre o local de compra de preferência, 74% dos entrevistados, sete entre cada 10 dos consumidores ouvidos, afirmam que pretendem ir até as lojas físicas. O formato de compra presencial é preferência também entre mulheres (76%), assim como na região metropolitana, com 74%, e no interior, que teve 73% de respostas positivas.

A loja virtual possui maior aderência entre os homens, 24%, e entre as faixas etárias de 18 a 24 anos e 35 a 44 anos, ambas com 29% de menções.

Entre os consumidores entrevistados, 40% afirmam ter intenção de utilizar o cartão como meio de pagamento, sendo 25% cartão de crédito, 14% cartão de débito e 1% cartão de loja. O segundo meio de pagamento mais mencionado é o dinheiro, com 37%. O Pix aparece em 21% das respostas e o boleto bancário, em 2%. Daqueles que pretendem pagar o presente de Dia das Crianças com cartão de crédito, 71% têm a intenção de parcelar a compra.

O Sudeste é a região onde o uso do cartão é mais predominante, opção de quase metade dos entrevistados, com 47%. Os cartões também lideram as menções entre os consumidores na faixa etária de 35 a 44, com 43%. Esse também é o meio de pagamento mais citado entre as mulheres, com 41% das menções, entre pessoas com nível superior, com 58%, e entre a classe A/B, sendo 60% das respostas positivas.

Por conta da data, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) iniciou nesta segunda-feira – em todo o país – a operação Criança Segura. Ela terá sequência até a próxima sexta-feira e se concentrará em cinco produtos infantis: brinquedos, berços, bicicletas, cadeira de alimentação para crianças e carrinhos para bebê. A fiscalização – coordenada pelo Inmetro e operacionalizada nos estados pelos Institutos de Pesos e Medidas – ocorre de forma especial com a proximidade do Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro. Cerca de 100 agentes e fiscais atuarão em todos os estados. No Distrito Federal, a atuação será por meio da Superintendência do Inmetro em Goiás.

“Sempre a gente tem encontrado problemas no mercado, principalmente falta de certificação, que é obrigatória nesses produtos. Mas não é muito. O mercado está sendo bem monitorado, porque a gente faz esse trabalho o ano inteiro”, disse o chefe de Fiscalização do Inmetro, Sidney Aride. A operação objetiva dar um reforço à ação desenvolvida rotineiramente pelo órgão.

Uma das metas é coibir a venda de produtos infantis irregulares e, também, garantir segurança às crianças. Os estabelecimentos em que forem identificados produtos irregulares serão notificados e terão 10 dias para apresentar defesa em relação ao que foi encontrado. Se a irregularidade for do fornecedor, o comércio fica isento de responsabilização.

“Mas, se for um produto sem comprovação de origem, ou seja, se for um produto não adquirido por vias legais, o comerciante pode ser autuado”, acentuou. Uma das penalidades pode ser multa que vai de R$ 100 a R$ 1,5 milhão, dependendo da gravidade da irregularidade e do porte da empresa, “caso fique claro que houve infração”, explicou o chefe de Fiscalização do Inmetro. São fatores que são considerados na hora de avaliar a penalidade a ser aplicada.

Há outras possibilidades de sanção. O produto irregular pode ser apreendido pela fiscalização e interditado, o que significa que não poderá mais ser comercializado. Outra sanção é a suspensão ou cancelamento do registro do produto. “Aí, cancelando o registro no Inmetro, o produto não poderá mais ser fabricado, nem comercializado, dependendo da gravidade encontrada”, explicou.

Sidney informou, ainda, que, muitas vezes, não basta ter o selo de certificação visível na hora da fiscalização. Eventualmente, o Inmetro faz um trabalho de coletar um produto quando tem alguma característica que pode gerar suspeita e realizar novos ensaios com ele para verificar se há algum problema, como partes pequenas, cortantes ou perfurantes, que possam comprometer a segurança das crianças. “Cada faixa etária tem um rigor nos testes e quanto menor a faixa etária, mais rigor”, salientou.

O chefe de Fiscalização do Inmetro esclareceu, também, que, no caso de brinquedos, atualmente não há muita diferenciação entre o produto nacional e o importado.

“A abordagem tem sido exatamente a mesma, inclusive porque tem há controle prévio”, garantiu. Para entrar no Brasil, o produto tem que ter a anuência do Inmetro, além de a importação ter controle.

“Depois que o produto recebe essa anuência para entrar no país, ele tem que passar por todo o processo de certificação e tem que pedir registro no Inmetro. São etapas que vão filtrando para que esse produto esteja regular no mercado. Quando chega na fiscalização, já passou por vários processos que diminuem a possibilidade de ele apresentar problemas”, salientou.

Durante a operação, será verificado se os produtos comercializados oferecem informações obrigatórias, entre as quais, os dados do fabricante ou do importador, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa fabricante, país de origem e faixa etária, além do selo de identificação da conformidade. As informações devem estar escritas no idioma do país, ou seja, em português.

Com informações da Agência Brasil

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