As Bolsas na Europa fecharam em queda, mediante ao aumento das perspectivas de inflação após o lockdown (confinamento), contribuindo para a elevação dos juros de títulos soberanos. Frankfurt teve queda de 0,16%. Londres teve retração de 1,40%. Paris perdeu 0,65%. Milão teve desvalorização de 1,11%. Na Península Ibérica, Madri e Lisboa tiveram queda de 0,80% e 2,43%, respectivamente.
Nos EUA, os mercados tiveram desempenho análogo aos mercados europeus. Motivaram esse cenário os receios quanto à inflação, juntamente com os dados piores que o esperado dos pedidos por seguro-desemprego, alcançando 861 mil, ante as projeções de 765 mil.
O principal índice da B3 também fechou em queda. Com o aumento do risco global, os investidores buscaram ativos mais seguros, saindo de países emergentes. Além disso, o mercado esperava algum sinal referente à extensão do auxílio emergencial. O Ibovespa fechou em 119.198,97 pontos, com queda de 0,96%.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, com vistas para os dados decepcionantes a respeito do mercado de trabalho americano; e ao temor em relação aos preços do petróleo, devido ao inverno rigoroso na região do Texas. Na China continental, Xangai e Shenzhen tiveram avanço de 0,57% e 0,75%, respectivamente. Hong Kong teve elevação de 0,16% e Seul subiu 0,68%. No Japão, o Nikkei teve queda de 0,72%.
No exterior, as Bolsas abriram majoritariamente em alta, recuperando-se das quedas de ontem. Os números do PMI tiveram avanço acima do esperado na Europa. O pacote de estímulos e o relatório de política monetária do Fed também estarão no radar.
No Brasil, o auxílio emergencial continua sendo uma pauta importante para o mercado, além das respostas fiscais que podem ser demandadas pelo governo para implementar esses gastos. Outro fator importante foi a fala do presidente Jair Bolsonaro em relação à Petrobras, mais uma fazendo suas considerações em relação aos preços dos combustíveis e políticas da estatal, o que pode gerar impactos negativos no mercado brasileiro, com os futuros abrindo em queda.
Na Europa, a prévia do PMI teve números de fevereiro acima do esperado, principalmente para a indústria. Na Zona do Euro, o PMI industrial teve elevação de 57,7 pontos, contra expectativa de 54,3. Na Alemanha, o PMI industrial teve 60,6 pontos, contra 56,5 de janeiro. E no Reino Unido, foram registrados 54,9 pontos, contra as perspectivas de 53,2.
Ainda no Reino Unido, também houve números das vendas do varejo. No mês de janeiro, o indicador teve queda de 8,2% no mês e de 5,9% no ano, um desempenho pior que as expectativas, que eram de retração de 2,5% e 1,3%, respectivamente.
Na Alemanha, os índices de preço ao produtor tiveram alta de 1,4% no mês e de 0,9% no ano. Nos EUA, também serão divulgados os números do PMI. A expectativa é de que a primeira prévia tenha 58,5 pontos para o indicador industrial e 57,6 pontos para o setor de serviços. Já a venda de casas usadas tem perspectiva de queda de 1,5% em janeiro.
No Brasil, destaque para a divulgação do balanço de EDP. No exterior, sairão os resultados de DTE Energy, Swiss Re, Deere&Company, Magna Intl, Kepcp, Grupo Televisa e Manchester United.
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Matheus Jaconeli
Economista
Nova Futura Investimentos
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