Dia dos Pais deve movimentar R$ 8 bilhões neste ano

Varejo apresentou crescimento de 4,5% no fluxo de visitantes no primeiro semestre

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Shopping center (foto: Valter Campanato, ABr)
Shopping center (foto: Valter Campanato, ABr)

Os brasileiros devem movimentar até R$8 bilhões com a compra de presentes neste Dia dos Pais, valor 1,3% maior do que em 2024, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha a pedido da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Neste ano, quatro em cada 10 entrevistados têm a intenção de comprar presente, patamar similar ao do ano passado.

Segundo o estudo, os brasileiros pretendem desembolsar, em média, R$ 194 (R$ 181 em 2024). Em comparação com o ano passado, dois em cada 10 acreditam que os gastos serão maiores em 2025, enquanto 43% apontam que serão menores e 33% devem gastar o mesmo valor. Há uma tendência de os jovens de 25 a 34 anos apontarem que irão gastar mais do que em 2024.

Ainda sobre o valor do presente, a pesquisa da Abecs mostra que o gasto médio deve ser maior na Região Sudeste (R$ 214) e menor na Região Norte (R$ 162). Na Região Sul, o valor médio deve ficar em R$ 194, na Região Nordeste em R$ 172 e na Região Centro-Oeste em R$ 204. Além disso, na média, os homens pretendem desembolsar mais do que as mulheres, com tíquetes médios de R$ 200 e R$ 187, respectivamente.

O levantamento também analisou o local onde o consumidor pretende comprar o presente de Dia dos Pais. Pouco mais de dois terços (72%) dos entrevistados pretendem comprar em loja física. A preferência por transações presenciais é maior na região metropolitana do país (74%). Já o canal online possui uma procura maior entre os jovens de 25 a 34 anos (32%).

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Em 2025, 40% dos consumidores pretendem usar cartões para realizar as compras de Dia dos Pais. O cartão ainda é um dos meios de pagamento mais escolhidos em todas as regiões, com destaque para o Sudeste (49%) e Centro-Oeste (54%). Entre os perfis analisados, os cartões também são mais citados entre as mulheres, pessoas de 45 a 59 anos e de 35 a 44 anos, além das faixas sociais A/B e C.

O varejo brasileiro encerrou o primeiro semestre de 2025 com saldo positivo de 4,5% no movimento de visitantes em lojas comparado ao mesmo período do ano passado. Mesmo diante da cautela do consumidor frente ao cenário macroeconômico e da retração expressiva observada em junho, o setor mostrou resiliência e reforça o otimismo para a segunda metade do ano.

Os dados fazem parte do Índice de Intenção de Compra no Varejo (IICV Seed), levantamento mensal produzido pela Seed Digital, empresa especializada em análise de dados para gestão do varejo físico. O Índice cruza informações baseadas em 35 milhões de visitantes/mês em milhares de lojas por todo o Brasil.

De acordo com o estudo, para o segundo semestre, a expectativa é de um desempenho ainda mais aquecido. Historicamente marcado por datas fortes como Dia dos Pais, Black Friday e Natal, o período deve registrar crescimento de 17% frente aos primeiros seis meses deste ano, segundo projeções preditivas. No ano passado, o segundo semestre já havia avançado 16,1% em comparação com o primeiro, sinalizando um ambiente favorável para o varejo repetir e até superar esse desempenho em 2025.

Os segmentos de perfumaria, cosméticos e maquiagem, juntos, foram os que apresentaram a maior performance positiva, com expansão de 4,9% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado.

Os outros setores que apresentaram aumento de fluxo de visitantes em suas operações físicas foram farmácia (2%), telefonia e acessórios (1,6%) e construção/homecenter (0,1%). Na outra ponta, os segmentos que registraram queda de movimento foram: departamento/casa (-6,5%), moda e acessórios (-3,6%), artigos esportivos (-1,5%) e calçados (-0,5%).

O consolidado do semestre também apontou que as lojas de rua performaram melhor do que as lojas localizadas em shoppings center. Os pontos em rua registraram 0,9% de aumento de fluxo, enquanto as lojas em centros comerciais recuaram -0,7% nos primeiros seis meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024.

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