Dia nacional de luta pelo teletrabalho tem forte adesão dos petroleiros

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Petroleiros em plataforma (Foto: Stérfeson Faria/ Ag. Petrobras)
Petroleiros em plataforma (Foto: Stérfeson Faria/ Ag. Petrobras)

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) realizaram nesta quarta-feira manifestações em diversas bases da Petrobras no país, no Dia Nacional de Luta pelo Teletrabalho, com forte adesão da categoria.

No Rio de Janeiro, o ato aconteceu em frente ao Edifício Senado (Edisen), sede da Petrobras, no centro da cidade, reunindo centenas de trabalhadores. Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, pediu à presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que abra negociação sobre o tema do teletrabalho. “Nós temos um governo que estabelece o diálogo social, que ouve os sindicatos e os movimentos sociais. Não é possível que a Petrobras continue se recusando a negociar”, disse Bacelar.

Em Macaé (RJ), o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) realizou um “trancaço” por cerca de duas horas nas entradas da base de Imbetiba, da Petrobras. Sérgio Borges, diretor da FUP e do Sindipetro-NF, defendeu que o teletrabalho melhorou a qualidade de vida dos trabalhadores e reduziu riscos. “A manifestação é uma tentativa de reabrir o diálogo e buscar uma solução equilibrada entre os interesses da empresa e os direitos dos trabalhadores”, explicou.

Em Natal (RN) a mobilização aconteceu em frente ao Edifício Sede Rio Grande do Norte (Edirn). O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro-RN) organizou um “trancaço” e alertou sobre o desrespeito da empresa à falta de negociação nas modificações do teletrabalho. A mobilização também incluiu reivindicações pela recompra do Polo Potiguar e da Refinaria Clara Camarão, privatizados no governo passado, e pelo pagamento da dívida da Petrobras com o plano de previdência Petros.

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Em Vitória (ES), o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) organizou ato reivindicando diálogo e regras justas para o regime de teletrabalho. Os petroleiros reforçaram que não aceitarão retrocessos e que qualquer mudança no modelo deve ser negociada com os sindicatos.

As manifestações também ocorreram no Edifício Marechal Adhemar de Queiroz (Ediba), em Salvador/BA; no Terminal Transpetro de Guaramirim (Temirim), em Guaramirim/SC; e em Brasília/DF.

A Petrobras, em reunião realizada no dia 7/2, solicitou três semanas de prazo para decidir se abrirá ou não negociação sobre o teletrabalho. A empresa pretende aumentar os dias de trabalho presencial, sem levar em consideração o consenso coletivo. Os petroleiros permanecem em estado de greve até que a Petrobras abra negociações.

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