Na Ásia, índices fecharam em alta, em meio a baixa liquidez, com as Bolsas de Sydney e Hong Kong fechadas. Na China, a NHC parou de publicar os números diários de Covid-19. Hoje, confiança do consumidor da Coreia (dezembro) às 18h, Japão divulga taxa de desemprego (novembro) às 20h30 e PPI (dezembro) às 20h50 e lucros industriais da China (novembro) às 22h30.
Na Europa, dia sem negociações nas Bolsas da região. Klaas Knot (do DNB, o BC dos Países Baixos) disse que o BCE seguirá subindo até o verão de 2023. Putin afirmou que está disposto a negociar soluções aceitáveis para a guerra e que a Otan tem emperrado as negociações.
Nos EUA, dia também sem negociações. Gastos de consumo das famílias abaixo do consenso (ante expectativa de 0,2%), variando 0,1% (7,7% a/a) em novembro. Renda pessoal acima do esperado (ante expectativa de 0,3%), expandindo 0,4% (4,7% a/a), levando a taxa de poupança para 2,4%. Núcleo de bens duráveis acima do consenso (ante expectativa de 0%), avançando 0,20% (2,8% a/a) em novembro. Núcleo de bens de capital também acima (ante expectativa de 0%), crescendo 0,2% (5,1% a/a). A inflação PCE teve alta de 0,1% (ante expectativa de 0,1%) em novembro, com a taxa em 12 meses caindo de 6,1% para 5,5%, mínima desde outubro de 2021. Núcleo do PCE em linha também, avançando 0,2%, com o acumulado em 12 meses caindo para 4,7%. Foram vendidos, em termos anualizados, 640 mil (ante expectativa de 600) novos imóveis em dezembro, um avanço de 5,8% (-14,8% a/a). A confiança do consumidor da Universidade de Michigan subiu de 56,8 para 59,7 pontos (prévia 59,1) em dezembro, com a inflação esperada em 12 meses caindo de 4,9% para 4,4% (prévia 4,6%) e a de longo prazo (cinco anos) recuando de 3,0% para 2,9% (prévia 3,0%).
Aqui no Brasil, a continuidade do momentum positivo no mercado local, em meio à liquidez reduzida e recuperação em Nova Iorque, levou o Ibovespa à quinta alta seguida, fechando aos 109.697 pontos (2%), com ações cíclicas locais liderando os ganhos. Na semana, o Ibovespa subiu 6,65%. O câmbio seguiu em queda, em meio ao ambiente positivo para moedas emergentes, com o Real seguindo na sequência de ganhos e o dólar fechando em R$5,17 (-0,39%). Na semana, o dólar caiu 2,42%. Apesar da alta nos juros no exterior, o recuo no câmbio e a melhora na percepção de risco fiscal continuaram abrindo espaço para o movimento de queda na curva de DI futuro, com as taxas caindo dentre 15 e 25 pontos, com o vértice de janeiro de 2025 fechando abaixo de 13,0%. Na semana, a curva caiu entre 50 e 100 pontos nos vértices de médio e longo prazo.
Com cinco das oito categorias desacelerando na margem, o IPC-S recuou de 0,59% para 0,44% (ante expectativa de 0,55%) na 3ª prévia de dezembro, acumulando 4,39% nos últimos 12 meses, mínima desde out/20. Apesar da alta nos preços de alimentação e do avanço na difusão, para 65,7%, a moderação nos preços livres fez o IPCA-15 subir 0,52% (ante expectativa de 0,54%) em dezembro, com alta de 5,90% em 2022, ante 10,42% em 2021. Na agenda, confiança do consumidor FGV (dezembro) às 8h, boletim Focus (do último dia 23) às 8h25 e balança comercial (idem às 15h.
Ótima segunda-feira!
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Nicolas Borsoi
Economista-chefe da Nova Futura Investimentos