Dialogo, “no”

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Professor de universidades japonesas nos anos 90, o cientista político Theotonio dos Santos, integrante do Conselho Editorial do MM, conta da dificuldade para convencer seus anfitriões sobre a importância de uma aproximação com a China: “Eles, no máximo, se viam como fornecedores de tecnologia aos chineses, o que não aconteceu, até porque, nesse período, a própria China desenvolveu tecnologia própria”, observa, acrescentando que a o atual gigante asiático foi o principal responsável por retirar o Japão da recessão que durou cerca de uma década.

Fora da realidade
Candidatos a apadrinhar uma criança carente na Campanha Papai Noel dos Correios estão decepcionados com os pedidos que as meninas e meninos estão fazendo para o Bom Velhinho. Fruto da influência da mídia nos hábitos de consumo, há pedidos de laptops, computadores, celulares com câmera, MP-4, Playstation 2, entre outros brinquedos caríssimos. Diante desse tipo de pedidos, muitos padrinhos em potenciais, que queriam presentear as crianças, desistiram e farão doação de brinquedos para outras instituições, como orfanatos. Muitos sentem a falta de pedidos tradicionais e mais realistas para os bolsos, como bonecas, bolas, roupas e jogo de panelinhas. Os Correios deveriam fazer uma propaganda mostrando que as crianças devem fazer pedidos mais humildes.

Energonhados
“A escola pode ser privada, mas educação é uma atribuição do poder público.” A boa síntese é do deputado federal Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), ao criticar articulação de representantes das universidades  particulares visando a elaborar projeto de lei que proíba a divulgação dos resultados das provas de avaliação do ensino superior aplicadas pelo Ministério da Educação: “O Legislativo não pode compactuar com essa tramóia para tentar esconder informações, não só de quem está matriculado na escola, mas também do cidadão contribuinte. Quem não quer que o resultado das provas de avaliação das universidades seja de conhecimento público, age assim porque precisa esconder fatos dos quais muito tem de que se envergonhar”, sentencia.

Portas abertas
Segundo Pannuzio, o movimento das particulares encontrou “sua porta de entrada no Congresso” pelo gabinete do deputado Severiano Alves (PDT-BA). Alves preside a Frente Parlamentar em Defesa do Ensino Privado, formada por cerca de 170 deputados e senadores e criada há um ano para defender os interesses das particulares. A alegação, diz o deputado tucano, é de que as provas não refletem uma avaliação in loco das instituições de ensino, como infra-estrutura, limitando-se unicamente ao desempenho do aluno: “Não é o acervo bibliográfico, nem a parafernália de recursos tecnológicos audiovisuais que asseguram a qualidade de ensino. A melhor forma de aquilatar isso é o desempenho dos estudantes”, rebateu Pannunzio.

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Mochila
Mais mochileiros estrangeiros têm sido atraídos pelo Rio, um visitante que passa longe dos hotéis cinco estrelas e não é figura fácil nos pontos turísticos convencionais. Jovem (65% têm entre 17 e 22 anos), a maioria (75%) se hospeda em albergues. O gasto médio por turista é na faixa de US$ 40 por dia. O perfil é revelado por pesquisa realizada pelos professores Bayard Boiteux e Mauricio Werner. Quase metade vem da Europa (45%), vindo em seguida os jovens da América do Norte (30%). Visitam o Brasil pela primeira vez 80% e 90% têm intenção de voltar. Os locais mais visitados são a Lapa (25%), Pão de Açúcar (17%) e Corcovado (13%), mas também as favelas (10%).

Pendura
Por causa da crise, as operadoras de telefonia celular pensam em pedir ao governo que adie o prazo de pagamento da taxa de fiscalização, que vence sempre no mês de março. O presidente da Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel), Ércio Zilli, disse  que a previsão para março de 2009 é de que as empresas de telefonia celular recolham cerca de R$ 2 bilhões para o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel). A idéia de se adiar o pagamento do Fistel seria uma alternativa à recusa do governo de adiar a data de pagamento das licenças de terceira geração (3G), que custaram às empresas R$ 5,3 bilhões.

Eu também
Esta coluna também tem uma proposta a fazer às teles: adiar, por 18 meses, o pagamento das contas que vencem em dezembro, janeiro e fevereiro. Afinal, a crise é para todos.

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