Diário matinal

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Mercado revisou para baixo as expectativas para o câmbio e o IPCA deste ano
O mercado fez poucos ajustes nas suas projeções, com destaque para a revisão baixista das expectativas para o câmbio, que contribuíram para o ligeiro ajuste no IPCA deste ano, conforme apontado pelo Relatório Focus, com estimativas coletadas até o dia 18 de março, divulgado nesta manhã pelo Banco Central. A mediana das expectativas para o IPCA de 2016 recuou de 7,46% para 7,43% e se manteve em 6,00% para 2017. As estimativas para o PIB em 2016 passaram de uma queda de 3,54% para outra de 3,60% e, para o ano que vem, recuaram de uma expansão de 0,50% para 0,44%. A mediana das projeções para a taxa Selic ficou inalterada em 14,25% para o final de 2016 e em 12,50% para o próximo ano. Por fim, as estimativas para a taxa de câmbio caíram de R$/US$ 4,25 para R$/US$ 4,20 no final deste ano e de R$/US$ 4,34 para R$/US$ 4,30 ao final do ano que vem.
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DESTAQUES DA SEMANA


IPCA-15 e dados de mercado de trabalho serão os destaques desta semana
A divulgação do IPCA-15 de março, na quarta-feira, será um dos destaques na agenda desta semana.
Esperamos alta de 0,53%, refletindo a descompressão de alimentação e nova revisão da bandeira tarifária. Além disso, serão divulgados vários indicadores do mercado de trabalho ao longo da semana: (i) os dados de vagas formais do Caged, amanhã; (ii) a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de fevereiro, na quarta-feira, que será encerrada nessa data; e (iii) a Pnad Contínua de janeiro, no dia seguinte (que substituirá integralmente a PME). A agenda doméstica ainda contemplará a prévia da Sondagem da Indústria da FGV, referente a março, na quarta-feira, e a nota do setor externo de fevereiro, no mesmo dia. No exterior, as leituras preliminares do índice PMI composto da Área do Euro e da indústria de transformação dos EUA, ambas de março, na quinta-feira, serão os destaques. Também será divulgado o indicador ZEW de sentimento econômico da Área do Euro deste mês, amanhã, e a nova prévia do PIB dos EUA do quarto trimestre, na sexta-feira.
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FISCAL


Receita: arrecadação de impostos registrou queda real de 11,5% em fevereiro
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 87,8 bilhões em fevereiro, marcando o menor resultado para o mês desde 2009. Assim, acumulou retração real de 8,7% no ano, somando R$ 217 bilhões. A desaceleração da economia voltou a pesar sobre as contas públicas no último mês. A arrecadação de IR-PJ e CSLL das empresas acumulou queda de 13,36% nos dois primeiros dois meses do ano e o PIS e a Cofins exibiram um recuo de 1,6%. De todo o modo, o resultado divulgado sugere um déficit primário do Governo Central de R$ 15 bilhões em fevereiro.
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INTERNACIONAL


EUA: indicador de confiança dos consumidores recuou em março
O índice de confiança do consumidor norte-americano calculado pela Universidade de Michigan alcançou 90,0 pontos em sua leitura preliminar de março, conforme divulgado na última sexta-feira. A queda de 1,9% na margem, descontada a sazonalidade, foi impulsionada, em maior medida, pelo recuo de 2,3% das expectativas. No mesmo sentido, o índice de situação atual caiu 1,1% entre fevereiro e este mês. Na comparação interanual, a confiança do consumidor apresentou declínio de 3,2%. Assim, o resultado negativo sugere alguma desaceleração do consumo das famílias neste trimestre.
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TENDÊNCIAS DE MERCADO


As Bolsas asiáticas encerraram o primeiro pregão da semana em queda. A exceção ficou com o mercado chinês, cuja alta foi impulsionada pelos papéis de empresas de tecnologia. A maioria das ações europeias e os índices futuros norte-americanos operam no campo positivo.
O dólar apresenta movimentos divergentes nesta manhã, apreciando em relação ao euro, à libra, ao rand e ao renminbi, enquanto perde valor ante o iene, o rublo e o peso mexicano. Entre as commodities, o petróleo também apresenta direções distintas nesta manhã, com o tipo WTI em alta e o Brent próximo à estabilidade.
As principais agrícolas, exceto o trigo, são cotadas em baixa, ao passo que as metálicas industriais registram elevação em seus preços. No Brasil, o câmbio deverá reagir ao leilão de swap reverso que será realizado hoje pelo BC. Além disso, o mercado continuará atento ao cenário político, em dia de fraca agenda de indicadores.
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Octavio de Barros – Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos – Bradesco

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