Finalizamos a série sobre Mendoza com a parte sempre muito apreciada: dicas! Vou listar aqui alguns lugares (bares, restaurantes e vinícolas) apreciados em Buenos Aires e Mendoza, seguidos de vinhos degustados e que destaco da última visita.
Gran Bar Danzon, Buenos Aires
Já um clássico da noite “gourmet e fervida” portenha. Misto de bar e restaurante, com ambientes distintos, música boa, ótima seleção de vinhos e drinks. Cardápio sofisticado para petiscar e jantar. Segue ate 4h da manhã!
Malbequeria – Buenos Aires
O nome já anuncia…um bar de vinhos. Situado no coração de Palermo Viejo, a Malbequeria vende mais do que Malbec e conta com um ambiente múltiplo agradável, com área externa e interna – loja, restaurante e jardim de inverno. Fica anexa ao restaurante de carnes Lo de Jesus.
La Cabrera – Buenos Aires
Clássico da parrilla portenha – dispensa apresentações. Vá conferir!
El Palenque – Mendoza
Charmoso bar mendocino com uma deliciosa empanada, de massa delicada. Cervejas no ponto!
Azafran – Mendoza
Cozinha de autor, muito disputado, só aceita pedidos de menu composto: de 2 a 6 porções – alguns harmonizados. Devo dizer que muitos saem satisfeitos, mas, para mim, metade dos pratos corresponderam à fama do local, especialmente o risoto de lagostins. Mesmo assim, vale conferir.
Restaurante Bodega la Azul – Tupungato
De beira de estrada, parece um restaurante simples de comida mineira, pelo espírito, boa comida e preço honesto. Bem no meio do Valle de Uco e suas bodegas milionárias. O vinho é simples. Funcionou bem como uma parada entre as degustações.
Osadia de Crear Susana Balbo – Luhan de Cuyo
Restaurante dentro da Bodega. Também baseado em menus degustações, de 3 ou 5 etapas, harmonizados. Perfeito do início ao fim! Vale pelo local, serviço, vinhos e pratos riquíssimos!
Bodega Luigi Bosca
Luigi Bosca surgiu da associação entre duas famílias de imigrantes – italianos (Luigi Bosca) e espanhóis (Arizu, atual proprietária). Primam pela correção e elegância dos vinhos, que mais uma vez foram confirmados. Destaco:
Luigi Bosca de Sangre 2016 (Malbec 85%, Syrah e Merlot): Nariz de frutas vermelhas, negras e especiarias doces, muito equilibrado e exuberante em boca.
Riesling las Compuertas 2018: ótima acidez e aromas elegantes de frutas cítricas e flores;
Icono Luigi Bosca 2011: como um ícone – intenso, sedoso, com bouquet de grande complexidade.
Bodega Susana Balbo
Enóloga pioneira e de competência reconhecida mundialmente. A visita à vinícola já vale a viagem – lindíssima combinação com a paisagem! Vinhos potentes, com boa integração da madeira, que ajudam na construção de aromas ricos, sem ofuscar a tipicidade das castas e do terroir. Destaco:
Ben Marco Expresivo 2017: 80% Malbec, 20% Cab. Franc – Concentrado, poderoso.
Brioso 2017 (Corte bordalês): Frutas maduras, notas sutis de baunilha, final longo e elegante.
Bodega Fabre Montmayou
Já citado no primeiro artigo, uma bodega argentina de origem francesa, com uma produção bem clássica e consistente. Seus Malbecs sempre exibiram isso, mas eu destaco dessa vez o Fabre Montmayou Cabernet Franc Reserva 2016: aromas de frutas vermelhas, com notas mentoladas. Fresco e elegante em boca.
Colomé Estate Torrontés: da Bodega Colomé, de Salta, este continua sendo o melhor torrontés argentino pra mim. Perfume riquíssimo, com frescor, toques cítricos, boa acidez, volume em boca sem amargor no final.
Andeluna Pasionado Cabernet Franc: passando pela Bodega Andeluna, no Valle de Uco, provei este apaixonante Cabernet Franc: frutas vermelhas integradas a notas de tabaco, café, chocolate. Encorpado, com taninos finos e longo em boca.
Para saber mais sobre eventos, turmas abertas de formação em vinhos da Escola Cafa, de Bordeaux, entre outros projetos realizados por Miriam Aguiar, visite: miriamaguiar.com.br