Direita derrete no Chile; independentes somam 46% das cadeiras

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Eleição Constituinte no Chile (foto de Alejandra De Lucca V, Minsal, Fotos Públicas)
Eleição Constituinte no Chile (foto de Alejandra De Lucca V, Minsal, Fotos Públicas)

Com quase todos os votos contados, os candidatos independentes conquistaram mais de 46% dos votos nas eleições do fim de semana do Chile, que escolheram os 155 representantes na Constituinte que vai redigir a nova Constituição.

A coalizão de governo Vamos por Chile, de centro-direita, sofreu uma forte perda, ficando com 20,5% das cadeiras. Os direitistas esperavam ficar com mais de 1/3 dos constituintes. As novas propostas exigirão a aprovação de dois terços dos eleitos. O governo não terá como, sozinho, bloquear mudanças radicais na Constituição, e será obrigado a tentar estabelecer alianças.

As duas chapas de esquerda – Lista de Aprovação (socialistas e outros ex-integrantes do Governo Michelle Bachelet) e Aprovo Dignidade (Frente Ampla e Partido Comunista) – somaram pouco mais de 1/3 dos votos (33,2%). Dezessete assentos foram reservados aos povos originários, através do voto popular. A abstenção foi de 56,6% em um colégio eleitoral de 14,9 milhões de eleitores.

Os eleitores também escolheram chefes de executivo das comunas, como são chamados os conjuntos de bairros que compõem uma das divisões administrativas no país. O Partido Comunista (PCCh) comemorou pelo menos duas grandes vitórias: Iraci Hassler derrotou o conservador Felipe Alessandri em Santiago e Daniel Jadue foi reeleito com ampla votação em Recoleta.

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As eleições também escolheram os governos regionais. Dos 16 que compõem o país, em 13 a disputa foi para o segundo turno, que ocorrerá em 13 de junho. O mandato do atual presidente do país, Sebastián Piñera, vai até março de 2022.

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