O volume de debêntures incentivadas distribuídas ao mercado em julho, até esta quarta-feira, chegou a R$ 725 milhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O montante corresponde às operações de três companhias, todas do setor de energia, que já se consolida como o segmento que mais captou desde a criação das debêntures incentivadas, em 2012, com 47,2% do total de emissões. Transportes ocupa o segundo lugar, com 40,9% do volume.
Neste mês, a Energisa ofertou R$ 374,9 milhões; a CPFL Energias Renováveis lançou R$ 250 milhões; e a companhia Ventos de São Vicente Energias Renováveis distribuiu R$ 100 milhões em debêntures de infraestrutura. Em 2017, apenas o mês de março apresentou volume superior (R$ 778 milhões) no mesmo conceito de período de distribuição de ativos. Todas as operações de julho foram atreladas ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e tiveram prazos na faixa de cinco a sete anos.
Com as ofertas, o volume de debêntures enquadradas na Lei 12.431/11, ou seja, aquelas com isenção de imposto de renda aos investidores pessoa física e estrangeiros, chega a R$ 2,2 bilhões em 2017, o que equivale a crescimento de 37,2% em comparação às emissões do mesmo período de 2016. O movimento está alinhado ao avanço das operações no mercado de capitais doméstico em geral (segmento de renda fixa e renda variável), que, no primeiro semestre, cresceram 30,1% em relação a igual intervalo do ano passado.
Fundos
A indústria brasileira de fundos de investimento captou R$ 36,8 bilhões entre os dias 3 e 21 de julho, de acordo com as estatísticas da Anbima. O destaque do período é da categoria de Renda Fixa, cujos fundos registraram ingressos líquidos de R$ 28,7 bilhões. No acumulado do ano, até 14 de julho, a captação total da indústria chega a R$ 156,4 bilhões.
