Três meses depois do golpe que derrubou o presidente de Honduras, Manoel Zelaya, do poder, a ditadura hondurenha estabeleceu um recorde mundial: não foi reconhecida por um único governo. Nem os Estados Unidos, habitués no apoio a ditaduras na região, se sentem à vontade para reconhecerem o governo golpista. A rara unanimidade internacional não inibiu parte da imprensa tupiniquim de insistir em tratar os golpistas de “governo interino”, ou “governo de fato”, entre outros malabarismos de retórica que buscam edulcorar a ditadura hondurenha. Emblematicamente, são, em essência, os meios órgãos apoiadores e, et por cause, beneficiários da ditadura brasileira.
Reforma agrária da mídia
O antagonismo entre a mídia financista e a democracia não é fato inaugural no Brasil. Sua exibição sem pudores, apenas 24 anos depois da ditadura brasileira, no entanto, reafirma a importância da aprovação, na Conferência Nacional de Comunicação, no fim do ano, em Brasília, de propostas que comecem a romper com os latifúndios midiáticos, que se pretendem perenes e fora do alcance dos ditames que a lei demanda de concessionários de serviços públicos.
Golpistas, golpistas
Em tempo, em todo o episódio envolvendo o golpe em Honduras, a posição do presidente Lula e do Itamaraty, personificado na figura do chanceler Celso Amorim, são irrepreensíveis. A posição clara adotada em defesa da democracia permitiu, inclusive, que Lula, numa única sentença, desmontasse a rocambolesca edição televisiva que tentava culpar Zelaya para absolver os golpistas hondurenhos: “Chamar de governo interino é uma forma sofisticado de não chamar de golpe. São golpistas, golpistas, golpistas”, fulminou Lula.
No ar
A empresa Fuel Cell já vende geradores de hidrogênio para residências, condomínios e fazendas de médio porte. No Japão, já existem kits de célula combustível que, em pouco tempo, poderão substituir as atuais baterias recarregáveis dos computadores, laptops, Ipods, DVDs e filmadoras.
Espírito olímpico
Em 1999, Central do Brasil concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Na cerimônia de entrega dos prêmios, foi chamada para anunciar o vencedor a atriz italiana Sophia Loren. E o Oscar foi para… o italiano A Vida é Bela.
Efeito
Nesta quarta-feira, o professor Bayard Boiteux fala sobre “Impactos da economia turística na população do Rio”, no Conselho de Turismo da Confederação Nacional de Comércio.
Acelera e freia
Das duas uma, ou o país reduz Imposto sobre Produtos Industriais (IPI) para compra de automóveis e comemora o fato de ser um dos cinco principais mercados automobilísticos ou estimula o transporte coletivo. As duas coisas juntas é esquizofrenia.