Dívida Pública Federal diminui R$ 54 bilhões em um mês

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A concentração de vencimentos de papéis e a baixa emissão de títulos motivadas pela crise provocada pela pandemia fizeram o endividamento do governo cair pelo segundo mês seguido. A Dívida Pública Federal (DPF), que inclui o endividamento interno e externo do Governo Federal, recuou, em termos nominais (sem levar em conta a inflação), 1,28% em abril, na comparação com março, informou a Secretaria do Tesouro Nacional. O estoque passou de R$ 4,215 trilhões para R$ 4,161 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública em títulos no mercado interno, caiu 1,57% em abril, passando de R$ 4,006 trilhões para R$ 3,944 trilhões.

A queda deve-se, segundo o Tesouro, ao resgate líquido de R$ 81,83 bilhões na DPMFi. Esse resgate foi parcialmente compensado pela apropriação positiva de juros (quando os juros da dívida são incorporados ao total mês a mês), no valor de R$ 19,03 bilhões.

Depois de ter tirado de circulação R$ 35,562 bilhões em títulos públicos em março, o Tesouro não precisou recomprar papéis em abril. De acordo com o órgão, isso representa um indicativo de que as condições de mercado estão melhorando aos poucos, apesar das restrições de liquidez e da elevada incerteza.

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O estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), em circulação no mercado internacional, aumentou 4,23%, passando de R$ 208,29 bilhões para R$ 217,11 bilhões de março para abril. O principal motivo foi a alta de 4,39% do dólar no mês passado. A moeda norte-americana é o principal fator de correção da dívida externa.

Com a retirada de recursos de investidores internacionais do Brasil, a participação dos não residentes (estrangeiros) caiu, atingindo 9,36% em abril. Este é o menor percentual de estrangeiros na dívida interna desde janeiro de 2010.

A fatia dos papéis corrigidos por taxas flutuantes subiu para 38,73% do total da dívida. Em seguida, vieram os papéis prefixados, cuja participação caiu de 30,63% para 28,85%, devido principalmente ao vencimento elevado desses títulos no primeiro mês de cada trimestre.

A participação dos papéis corrigidos pela inflação subiu de 26,38% para 26,87%. Os títulos do grupo cambial, que sofrem variação com base na taxa de câmbio, tiveram sua participação aumentada de 5,24% para 5,54% do montante total da DPF, principalmente por causa da alta do dólar no mês passado.

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