Do mundo financeiro para a moda

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Após uma carreira de sucesso no sistema financeiro, você saltaria para o mundo da moda? Foi o que fez Antonio Pulchinelli. Ele trabalhou por 15 anos no banco ABN, onde chegou ao cargo de superintendente nacional, atendendo o segmento de pequenas e médias empresas.
“Foi uma escola incrível, mas decidi sair para tocar os negócios da família e surgiu então a oportunidade de ingressar como sócio do Superexclusivo”, afirma Pulchinelli, hoje sócio diretor do portal de compras.
O Superexclusivo, criado no final de 2007, é um clube de compras via Internet voltado a grandes grifes da moda mundial. O mercado é promissor: as compras de bens de consumo pela Internet cresceram nada menos do que 30% no país em 2008 e alcançaram a marca de R$ 8,2 bilhões.
O clube, que começou com 300 participantes, hoje conta com 70 mil pessoas registradas, mesmo adotando um modelo no qual o cadastro é concedido apenas por meio de convite, que sempre chega via outro participante.
Os produtos vendidos têm como foco o público A e B e conta hoje com 180 fornecedores. O Superexclusivo oferece aos clientes promoções que duram quatro dias e que envolvem as marcas mais badaladas. Cris Barros, Adriana Degreas e Ralph Lauren foram algumas das já contempladas.
Além do conforto de poder fazer a compra sem sair de casa, os sócios do clube virtual contam com o principal: preços muito abaixo do mercado tradicional. Os descontos vão de 30% a 70%.
De acordo com o conceito empregado pelo clube de compras, os clientes têm permanentemente o privilégio de adquirir produtos de grandes grifes sem desconforto nem pressa. É justamente por trabalhar apenas com peças diferenciadas e em pequena escala que se trata de um grupo exclusivo, de acesso restrito.
“O brasileiro já descobriu e se habituou às compras pela Internet. O que estamos fazendo é dar um passo além e trabalhar com uma tendência dentro dessa tendência. O modelo já comprovou ser de grande sucesso em outros países e tem um componente importante dentro de qualquer estratégia de negócios: visão de futuro”, diz Pulchinelli.
Desde a criação, o faturamento do Superexclusivo registrou forte crescimento. O faturamento, que em 2008 atingiu R$ 1 milhão, deve triplicar este ano. Diante do incremento do negócio, Pulchinelli começou a utilizar seus conhecimentos de mercado para implementar novas formas de gestão e normas de governança corporativa.
“Temos a oportunidade de adotar os princípios de governança logo no início. Fazemos reuniões mensais do Conselho de Administração, em que traçamos as estratégias de negócio. Também criamos metas. Uma empresa que cresce de forma desorganizada acaba por quebrar”, afirma.
O novo passo do Superexcluivo é a criação do catálogo virtual “e-showroom”, que chegou ao público no dia 17 de junho, desempenhando um papel de pioneirismo no segmento. O empreendimento é baseado em um portal na Internet que disponibiliza, somente a um círculo restrito de lojistas, novas coleções das grifes mais badaladas, seja dentro ou fora do País. Para ingressar no catálogo virtual é necessário ganhar convite de um dos membros ou fazer seu cadastro na própria página do site, além de possuir um CNPJ voltado para a moda.
Além de trabalhar no Superexclusivo, Pulchinelli também toca em paralelo o negócio da família ligado ao segmento de papel e celulose. “Administrar pessoas é igual em todos os segmentos. É preciso motivas os funcionários”, explica. Com tantas atividades, o executivo confessa que tem dormido pouco, mas diz que ainda sobra um tempo para ir à academia e dar atenção à família e amigos.

Quem ficou para trás?
Após a alta acumulada do mercado acionário, os analistas alertam que o Ibovespa já não tem o mesmo fôlego para continuar no mesmo ritmo de valorização, mas ainda existem aqueles papéis que foram esquecidos e ficaram para trás no movimento de otimismo. Assim, a busca é por novas oportunidades dentro das companhias listadas na Bolsa.
Ao mesmo tempo, as carteiras recomendadas tendem a ser mais defensivas. Em relatório, os analistas do Banco do Brasil explicam que o mês de junho foi um período de “realizações e saídas de capital externo”. A perspectiva para o Ibovespa é de estabilidade em julho.
No caso da Spinelli, a carteira recomendada busca uma postura mais conservadora e sofreu duas mudanças: foram incluídos os papéis de Sabesp e Vivo no lugar das ações da BM&FBovespa e Ferbasa.
Segundo o relatório, as ações pagadoras de dividendos tornam-se uma boa opção diante da queda da taxa de juros. Estão listadas na carteira recomendada as ações do Banco do Brasil; Sabesp; Vale; Petrobras; VCP; Cyrela; CSN; Tractebel; Vivo e Confab.
Para os analistas da SLW, a sugestão principal também é de cautela. A carteira recomendada está voltada para a diversificação, mas ainda pesam as participações do segmento financeiro e de siderurgia.
No mês passado, a carteira SLW registou desvalorização de 1,27%, com ganho acumulado anual de 39,3% até agora. Foram recomendadas as ações da Vale, Itaú Unibanco, Eletrobras, Lojas Americanas, Net, Braskem, Gerdau, CSN e Petrobras.
A Bradesco Corretora também alertou sobre o potencial de valorização limitado de curto prazo e riscos relevantes que podem levar a uma correção temporária da bolsa. Segundo a equipe de análise, apesar de o cenário atual estar menos pessimista do que no inicio do ano, o momento ainda não sinaliza uma forte recuperação do crescimento econômico.
As ações do Banco do Brasil novamente aparecem entre as recomendações, assim como ALL, Brasil Telecom, Cosan, Drogasil, Pão de Açúcar, Petrobras, Tractebel, Tegma e Transmissão Paulista.

Santander prefere Gol à TAM
Os analistas do Santander receberam de forma positiva o anúncio do acordo da Gol com o Bradesco para emissão do cartão cobranded. A visão é de que o Smiles é realmente um ativo estratégico para a empresa.
Dentre as duas companhias aéreas brasileiras, a preferência é pelas ações da Gol sobre a TAM, pelas seguintes razões: expansão mais forte de lucratividade para a primeira no segundo semestre; o risco de liquidez da Gol foi significativamente reduzido após a emissão de ações (R$ 200 milhões), de debênture (R$ 400 milhões) e, agora, o acordo do cartão cobranded; e a Gol tem menor exposição ao mercado internacional, que deve ser mais afetado pela desaceleração na atividade econômica mundial e pelo problema da gripe suína.

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