O mercado amanhece nesta quinta-feira com os olhares direcionados para os presidentes dos bancos centrais dos EUA, Jerome Powell, da Zona do Euro, Christine Lagarde, e do Brasil, Roberto Campos Neto, em cenário de temores relacionados à uma possível recessão na economia global. A avaliação é dos especialistas da Travelex. Na agenda econômica há destaque para vários índices de gerentes de compras (PMI) na Europa e nos EUA, enquanto por aqui a Receita Federal divulga a arrecadação do mês de maio.
Com o cenário global de temor de recessão motivando queda dos juros dos Treasuries a curva de juros no Brasil pode experimentar certo alívio, próximo à divulgação do IPCA-15, indicador de inflação. Contudo, o dólar ganha força ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o que pode seguir pressionando o real. Além disso, a expectativa com a inflação pode ficar um pouco melhor dado o petróleo em queda, porém isso também pode pesar nas ações de empresas petroleiras. O dólar comercial operava quase estável, em alta de 0,07% às 11h.
No exterior os contratos futuros de petróleo negociam em baixa, dando continuidade ao movimento de queda da última sessão, enquanto investidores temem aumentos mais agressivos nas taxas de juros dos EUA, o que gera receio a uma possível recessão econômica global, o que comprometeria a demanda por combustíveis, analisa a Travelex.
Em Nova York os índices futuros acionários negociam sem direção única, indicando uma possível continuidade do sentimento de cautela dos investidores nos mercados à vista. Investidores aguardam falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED) e os dados de atividade econômica (PMI). Na Europa o cenário também é negativo, com as principais bolsas operando em queda e aumentando as perdas de ontem. Já na Ásia as bolsas fecharam sem direção única, com China e Hong Kong apoiadas em promessas de apoio à economia chinesa.