O dólar se fortaleceu amplamente contra os principais rivais no final do pregão desta sexta-feira, ainda refletindo a alta dos juros nos Estados Unidos e a posição mais dura expressa pelo Federal Reserve (Fed, banco central). O índice do dólar, que mede a moeda em relação aos seis principais pares, aumentou 1,65%. No final das negociações de Nova York, o euro caiu para US$ 0,9674, de US$ 0,9833 na sessão anterior.
A libra esterlina caiu mais de 3%, para US$ 1,0847, de US$ 1,1251 na quinta-feira, atingindo seu nível mais baixo desde 1985, o que foi classificado como “capitulação completa da libra” pela corretora financeira XTB. No Brasil, dólar fechou cotado a R$ 5,248, alta de 2,62%.
No Reino Unido, o ministro do Tesouro, Kwasi Kwarteng, revelou seu plano ambicioso para cortar impostos com a alegação de que isso impulsionará o crescimento econômico. As novas medidas incluem o cancelamento do aumento planejado do imposto sobre as sociedades para 25%, mantendo-o em 19%, e cancelando o aumento de 1,25 ponto percentual em abril nas contribuições para o Seguro Nacional.
O pacote de £ 45 bilhões é o maior corte de impostos desde 1972, disse Paul Johnson, diretor do Instituto de Estudos Fiscais. As novas políticas verão um adicional de £ 411 bilhões em empréstimos ao longo de cinco anos, de acordo com o think tank Resolution Foundation, com sede em Londres.
O plano parece ser emprestar grandes somas a taxas cada vez mais altas e colocar a dívida do governo em uma trajetória ascendente insustentável, acrescentou Johnson.
As Bolsas de Valores encerraram o dia em queda. O Dow Jones, da Nyse, caiu 1,62%, para 29.590,41 pontos; o S&P 500 desvalorizou 1,72%, para 3.693,23 pontos; e o Nasdaq reduziu 1,80%, para 10.867,93 pontos. A Bolsa brasileira (B3) fechou em queda de 2,03%, com destaque para as perdas de Embraer (EMBR3, 7,46%) e Petrobras (PETR3, 7,06%).