O dólar segue mergulhando, apesar de a queda ter sido suavizada no pregão tardio desta segunda-feira. O índice do dólar, que mede a moeda norte-americana em relação a seis principais pares, perdeu 0,34% para 103,368 às 19h GMT. Este ano, o índice já caiu 4,68%.
No pregão tardio de Nova York, o euro avançou para US$ 1,0926, de US$ 1,0880 na sessão anterior, e a libra esterlina subiu para US$ 1,2997, de US$ 1,2931.
Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, afirma que moedas emergentes também aproveitam o movimento global e registram uma performance positiva diante do dólar, refletindo a ausência de forças contrárias vindas do exterior.
“O movimento de enfraquecimento do dólar ocorre em meio a um cenário de estímulos econômicos na China. No último fim de semana, o governo chinês anunciou medidas abrangentes destinadas a impulsionar o consumo interno, ampliar a demanda em diversas áreas e aumentar a capacidade de consumo das famílias por meio do aumento da renda e da redução dos encargos financeiros”, explica Shahini.
“O Brasil, como um dos principais parceiros comerciais da China, está bem posicionado para se beneficiar desse movimento, o que ajuda a explicar a valorização do real na sessão de hoje [17], complementa o especialista da Nomad.
A cotação do dólar frente o real caiu abaixo de R$ 5,70, cotado a R$ 5,686, queda de 0,99%. A Bolsa de Valores B3 registrou alta de 1,46%, para 130.833,96 pontos, puxada por Petrobras e Vale, duas empresas que se beneficiam do movimento chinês.
As ações dos EUA também fecharam em alta nesta segunda-feira. O Dow Jones Industrial Average subiu 0,85%, para 41.841,63 pontos. O S&P 500 adicionou 0,65%, para 5.675,12 pontos. O Nasdaq Composite Index aumentou 0,31%, para 17.808,67 pontos.
Dez dos 11 setores primários do S&P 500 terminaram no verde, com imóveis e energia liderando os ganhadores, adicionando 1,66% e 1,56%, respectivamente. Enquanto isso, o consumo discricionário contrariou a tendência, perdendo 0,44%.
Com informações da Agência Xinhua