O real voltou a se fortalecer diante do dólar, movimento que vem ocorrendo desde o início do ano. A moeda norte-americana encerrou a terça-feira cotada a R$ 5,689, queda de 0,41%. A Ptax, cotação média divulgada pelo Banco Central, ficou em R$ 5,6973 para compra.
Na opinião de Paula Zogbi, gerente de Research da Nomad, a terça-feira foi um dia fraco de indicadores econômicos. “Sem um catalisador externo, o dólar opera em baixa devido a fatores principalmente domésticos. A perspectiva de emissão de títulos soberanos pelo Tesouro Nacional entre US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão, com vencimento em 10 anos e um guidance [orientação] de taxa entre 6,75% e 7% foi uma notícia positiva para o fluxo financeiro. Além disso, a alta das commodities no ano até agora favorece os fluxos da balança comercial do Brasil, gerando pressão vendedora no câmbio por parte dos exportadores.”
Os juros continuam a trajetória de queda, acompanhando o movimento do dólar. “Nos vértices curtos, essa é a sétima sessão consecutiva de queda, enquanto nos longos é o quarto pregão seguido de desvalorização. Apesar da piora das expectativas de inflação divulgadas pelo boletim Focus na semana, os juros devolvem parte do prêmio embutido na curva que foram incorporados principalmente nos últimos meses do ano passado”, analisa Zogbi.
No mercado internacional, o dólar foi em sentido contrário e teve alta nesta terça-feira. O índice do dólar, que mede a moeda norte-americana em relação a seis principais pares, cresceu 0,3%, para 107,057, às 15h (20h GMT). No pregão tardio de Nova York, o euro caiu para US$ 1,0445, de US$ 1,0482 na sessão anterior, e a libra esterlina desceu para US$ 1,2597, de US$ 1,2628 na sessão anterior.
No Brasil, a Bolsa de Valores (B3) ficou praticamente no zero a zero, com queda de 0,02%, para 128.531,71 pontos.
Com informações da Agência Xinhua
