Dona Maria da padaria

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Pesquisa realizada pela Mastercard, no fim de 2020, apontou, no período com maiores restrições da pandemia, que 76% dos brasileiros descobriram e começaram a consumir em pequenos e médios empreendimentos de seus bairros durante o confinamento e 91% continuarão com essa preferência após a pandemia. O principal objetivo é ajudar estes comércios a se recuperarem no cenário pós-crise. O levantamento foi realizado em 13 países da América Latina e Caribe, entre eles: Brasil, México, Chile, Colômbia, Argentina e Peru. Dentre os entrevistados brasileiros, 64% estão ativamente comprando para ajudar as lojas independentes, 87% disseram que os últimos meses os tornaram mais conscientes dos necessitados e 88% revelaram que sentem um maior senso de comunidade agora.

As pequenas e médias empresas possuem um papel vital na economia nacional, mas foram severamente afetados pela crise de saúde pública deste ano, segundo o Sebrae, a estimativa é que de 20% a 25% das MPEs fechem por causa da pandemia. A Mastercard segue ajudando os heróis locais a se recuperarem alocando US$ 250 milhões em todo o mundo para apoiá-los neste momento. Na América Latina e Caribe, foram introduzidas uma série de iniciativas, incluindo o lançamento dos aliados digitais da Mastercard, coalizão focada na aceleração da transformação digital de pequenas empresas.

O estudo listou 10 principais tipos de estabelecimentos locais que esperam uma recuperação pós-confinamento: quitandas; cafés e restaurantes locais; padarias; lojas de roupas independentes; barbeiros/cabelereiros; açougues; bares locais; bancas de jornais locais; livrarias independentes; casas de laticínios; lojas de organizações de caridade; lojas de presentes; e lojas de ferragens faça você mesmo (DIY).

Já segundo o Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian, a procura por crédito caiu 1,0% em 2020 quando comparado com 2019. Foi a primeira vez, desde 2015, que o índice fecha o ano no negativo.

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Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o resultado não poderia ser diferente, já que vivenciamos um ano atípico e permeado por insegurança econômica desde o início da pandemia. “O consumidor precisou focar em gastos prioritários e deixou de lado alguns segmentos que impulsionam a demanda por crédito, como o automotivo”, diz. Ainda assim, de acordo com Rabi, a reabertura do comércio, as renegociações de dívidas e a redução dos juros foram fatores essenciais para a retomada do mercado de crédito e a recuperação do consumo. De fato, enquanto no acumulado do primeiro semestre de 2020, fortemente impactado pela pandemia, a demanda do consumidor por crédito recuou 8,1%, no acumulado do segundo semestre já se observou alta de 5,5%.

A análise por renda mostra que, levando-se em consideração o período de janeiro a dezembro de 2020, todas as faixas tiveram retração. Segundo Luiz Rabi, as reservas financeiras fazem toda diferença para participação do consumidor no mercado de crédito diante da instabilidade econômica. “A população de menor renda geralmente não possui esse recurso, o que aumenta a insegurança e faz com que a sua participação no mercado de crédito se retraia mais intensamente. Por outro lado, aqueles que recebem mais de R$ 2 mil mensais costumam poder contar com poupanças e aplicações em momentos de crise, o que lhes permitem continuar consumindo crédito ou, na pior das hipóteses, reduzir menos intensamente as suas demandas por ele do que o fazem as pessoas de mais baixa renda”, ressalta Rabi.

Apenas as regiões Norte e Sudeste não registram queda na demanda dos seus consumidores por crédito no ano passado: altas 1,3% e 0,2% respectivamente. O destaque de baixa fica para o Centro-Oeste, que marcou -4,5%, seguido pelo Nordeste (-3,7%) e Sul (-0,3%). Quando observado somente o comparativo interanual (dezembro de 2020 contra o de 2019), o cenário geral da demanda por crédito é de alta (14,1%), a quinta consecutiva neste critério de comparação. Além disso, todas as regiões e faixas de renda também mostram números positivos, principalmente o Centro-Oeste e os consumidores que recebem até R$ 500 mensais.

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