Donos do poder

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“No Brasil, não é a corrupção que derruba governos, mas contrariar o sistema financeiro”. A afirmação é do professor Dércio Garcia Munhoz, da UnB, em palestra promovida pela campanha Jubileu Sul. Já o economista Reinaldo Gonçalves, da UFRJ, avalia que se a economia estivesse crescendo 7% ao ano, ninguém estaria pensando em corrupção.

Efeito superávit
O crescimento da construção civil em 2005 será bem inferior ao registrado em 2004, prevê o sindicato da construção civil do Rio (Sinduscon-Rio). O diretor executivo da entidade, Antônio Carlos Mendes Gomes, lamenta que o setor deve crescer cerca de 2%, menos da metade do que o previsto no início do ano (5%); em 2004 o salto fora de 5,7%, após anos de letargia.
“O setor de obras públicas está parado devido ao contingenciamento dos orçamentos estatais e a área imobiliária, embora disponha de recursos abundantes, não tem tido o desempenho esperado, principalmente por problemas gerenciais dos agentes financeiros que impedem a sua efetiva contratação”, diz Mendes Gomes.

Lição
Caberá ao professor Carlos Lessa a palestra desta quarta-feira dentro do Círculos Republicanos. Ele falará sobre a economia brasileira, no que pode-se prever que as orelhas de Palocci & Cia. Vão doer. Será na R. do Russel, 1, Flamengo (RJ), a partir de 19 horas.

ONG do milhão
Nenhuma organização brasileira está entre as finalistas do Prêmio de Sustentabilidade de 2005, que será anunciado nesta quarta pela canadense Alcan. Concorrem a US$ 1 milhão duas entidades da África do Sul, duas canadenses, uma mexicana, uma paquistanesa, uma alemã, uma estadunidense e uma britânica. O prêmio, anual, reconhece as contribuições mais importantes feitas por ONGs para sustentabilidade econômica, ambiental e social.

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Óculos
Mais de 90 crianças que vivem em abrigos da 1ª Vara da Infância e da Juventude receberão nesta quarta óculos para correção visual no Instituto Benjamin Constant, na Urca. A ação faz parte do projeto SulAmérica de Saúde Ocular, que beneficiou mais de 3 mil jovens de cinco a 16 anos. Todos os jovens realizaram exames de acuidade visual, sendo que 416 também passaram por exames oftalmológicos mais profundos e 29 receberam tratamento de doenças como catarata, estrabismo e miopia.

Desconversa
A tentativa de desviar o debate sobre a principal causa da derrocada da economia no terceiro trimestre – a política econômica – para a metodologia que a capturou é manobra escapista de baixa densidade intelectual. Seria como se o ex-deputado Sérgio Naya alegasse que, mais relevante do que discutir a queda do Palace II, seria discutir se as fotos dos escombros da construção foram tiradas por máquina digital ou analógica.

Alívio
Os estabelecimentos de ensino sediados no Estado do Rio de Janeiro podem ser proibidos de cobrar taxas para realização de provas de segunda-chamada, finais ou equivalentes. Projeto nesse sentido, de autoria do deputado Antônio Pedregal (PSC), foi aprovado pela Assembléia Legislativa. A proposta, no entanto, não se aplica a concursos públicos, vestibulares ou provas destinadas ao acesso inicial a determinado curso, bem como ao ingresso em escolas, colégios ou faculdades. O projeto também determina que o estabelecimento que descumprir a lei será obrigado a devolver ao estudante dez vezes o valor cobrado indevidamente.

Papai Noel chinês
O desemprego não poupa nem Papai Noel. Quem estava acostumado a encarnar o bom velhinho para engordar o orçamento enfrenta a concorrência de bonecos de gosto duvidoso, do tamanho quase de um homem, que ficam rebolando e cantando músicas natalinas em shoppings e lojas.

“Downgrade”
O Banco do Brasil está cobrando R$ 1,50 por cada saque feito com cartão eletrônico em seus caixas. Só escapa quem recorre ao caixa eletrônico (até cinco saques por mês) ou recorrer a um expediente do passado: faz o saque usando o velho cheque avulso.

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