Doria na linha de frente da vacinação

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A CoronaVac, vacina que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, vem demonstrando segurança na fase de testes em humanos, mostrando que não provoca efeitos colaterais graves. O relato é do governador de São Paulo, João Doria, nesta quarta-feira, em entrevista coletiva.

Estudos clínicos comprovam a segurança da CoronaVac. Cerca de 94,7% dos mais de 50 mil voluntários testados na China não apresentaram nenhum sintoma adverso em relação à CoronaVac. Os resultados na China mostraram baixo índice, de apenas 5,3%, de efeitos adversos e de baixa gravidade. A maioria destes casos apresentou apenas dor no local da aplicação da vacina. Efeitos adversos de baixa gravidade são comuns em vacinas”, ressaltou Doria.

A CoronaVac está na Fase 3 de testes em humanos, que vai avaliar agora a eficácia, ou seja, se ela produz anticorpos em quantidade suficiente contra o vírus. Tudo começou em11 de junho último, o governo de São Paulo anunciou parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac Life Science para testes clínicos e produção de vacina em estágio avançado de desenvolvimento.

A falta de entrosamento do governo federal levou Doria a procura de outros caminhos para a montagem da fábrica que produzirá a vacina orçada em R$ 160 milhões. De imediato levantou R$ 97 milhões em doações e empenhou R$ 82,5 milhões pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ficou acertado que, se a vacina fosse aprovada, Sinovac e Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial e fornecimento gratuito à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

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Estudo feito na China com 50.027 voluntários chineses, entre eles, funcionários da própria Sinovac, demonstrou que 5,36% das pessoas vacinadas apresentaram efeitos colaterais, todos sem gravidade: dor no local da aplicação (caso constatado em 3,08% dos voluntários), fadiga (1,53%) e febre leve (0,21%). Efeitos um pouco mais graves foram observados em 0,03% dos voluntários, tais como perda de apetite, dor de cabeça, fadiga e febre.

Entre os que foram vacinados com a CoronaVac está o representante da Sinovac, Xing Han, que está atualmente em São Paulo. Em entrevista ao lado do governador João Doria, Han disse ter tomado as duas doses da vacina, sem ter sentido qualquer efeito colateral. “Os testes da fase 3 (em humanos) estão indo muito bem. Estamos confiantes na CoronaVac tanto em sua segurança quanto em sua eficiência. Ela será bem testada e, daqui a um ou dois meses, já deve sair o resultado da Fase 3”, disse Han.

A segurança e eficácia são dois dos principais fatores para comprovar se uma vacina está pronta para uso emergencial na população. Estamos muito otimistas com os resultados que a CoronaVac apresentou até o momento. Isso mostra que o Butantan e a Sinovac estão no caminho certo para a produção de um imunizante contra o coronavírus”, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

A vacina CoronaVac está sendo testada no Brasil desde julho, na Fase 3, que estuda a eficácia do imunizante. A vacina está sendo aplicada em duas doses. Segundo Doria, mais de 5,6 mil voluntários de seis estados brasileiros, de um total de 9 mil, já receberam a primeira dose da vacina; alguns deles já receberam até mesmo a segunda dose. Todos esses voluntários são profissionais de saúde. Nenhum deles, segundo o governo paulista, apresentou reações graves à vacina.

 

 

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