‘Duque de Caxias’ tira 6 mil empregos do Brasil

Construção de plataforma no exterior destrói empregos aqui e gera perda de quase R$ 3 bilhões

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FPSO Marechal Duque de Caxias
Batizado do FPSO Marechal Duque de Caxias (foto reprodução MISC)

Em 17 de janeiro, foi batizado o FPSO (Floating Production, Storage and Offloading, plataformas de processamento e produção de petróleo e gás) Marechal Duque de Caxias. O nome é de um herói nacional e a plataforma foi encomendada pela Petrobras e será utilizada no pré-sal na Bacia de Santos. Mas o batizado ocorreu em Yantai, China. Mais uma obra brasileira que gerou milhares de empregos e renda apenas lá fora. Como esta, tem muitas na China e na Coreia do Sul.

Cada FPSO construída no exterior significa a perda de cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos. Para quem sabe que economia é muito mais que cortar despesas, um prejuízo enorme para o País.

Como se trata de uma indústria especializada, pode-se avaliar um salário médio de R$ 5 mil/mês, ou R$ 65 mil/ano (com 13º). Isso significaria R$ 390 milhões por ano apenas em salários. Encargos e benefícios representam perda adicional de R$ 425 milhões anuais. Total de R$ 815 milhões por ano, noves fora gastos com seguro-desemprego, auxílio-doença etc. Em 3 anos, prazo da construção, pode-se estimar em quase R$ 3 bilhões.

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Esse prejuízo em somente 1 FPSO se dá apenas com perdas de postos de trabalho. Há outros, tão grandes quanto, como materiais e serviços não comprados no Brasil. E ainda os que são difíceis mensurar, como perda tecnológica.

A plataforma Duque de Caxias utilizará uma tecnologia de separação em alta pressão (HISEP) desenvolvida e patenteada pela Petrobras. Na divulgação do FPSO, o grupo malaio MISC fala da tecnologia – mas não menciona que foi desenvolvida pela estatal brasileira.

Agro quer reestruturar dívidas

Aumentaram as consultas por reestruturação de dívidas no escritório Veirano Advogados feitas por produtores rurais e indústrias do agronegócio. A procura cresceu 80% no segundo semestre do ano passado ante os seis primeiros meses de 2023. As demandas mais solicitadas foram emissão de títulos e venda de ativos (50%), litígio societário (40%) e reestruturação de dívidas (10%).

“Houve uma explosão de casos nos últimos meses, especialmente de empresas com sérios problemas de fluxo e liquidez de caixa. Muitas delas apostaram no crescimento contínuo do agro e acabaram sendo surpreendidas com os resultados bem abaixo do esperado da última safra”, explica Diego Capistrano, sócio da área de Reestruturação e Insolvência do Veirano.

De acordo com ele, 30% das empresas que o procuraram são de grande porte, 60% de médio porte, enquanto outras 10% são pequenas. Majoritariamente estão concentradas no Cento Oeste (60%) e Sudeste (40%).

Rápidas

O Boston Consulting Group está com inscrições abertas para o seu 1º processo seletivo de 2024. As oportunidades abrangem vagas para estágio, estágio de férias e recém-formados, de todas as áreas. Até 2 de abril *** O Itaú Mulher Empreendedora (IME) está com 21.500 vagas para o programa de capacitação gratuita “Empreenda e Renda”, em parceria com a Rede Mulher Empreendedora (RME). As inscrições vão até junho de 2024.

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