As vendas virtuais no Brasil tiveram alta em abril de 17,74% em relação ao mesmo mês do ano passado. Considerando a mesma base de comparação, o faturamento do setor também teve alta: 40,68%. Os dados são do índice MCC-Enet, desenvolvido pela Neotrust Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net). Entretanto, ao comparar as vendas virtuais de abril ante o mês de março, houve queda de (-6,43%). Mas, no acumulado do ano, a variação foi positiva de 13,97%.
Ao observar a métrica de vendas regionais, na comparação de abril de 2021 ante o mesmo mês do ano passado, a composição ficou da seguinte forma: Nordeste (42,98%), Sul (23,10%), Norte (19,80%), Centro-Oeste (17,83%) e Sudeste (11,93%). No acumulado do ano, todas as regiões também tiveram variações positivas. A região Centro-Oeste ocupou a primeira posição com alta de (29,06%), seguida pelo Nordeste com (25,21%), na sequência, Norte (23,16%), Sul (12,67%) e, por último, Sudeste (10,62%). O faturamento das lojas virtuais também teve queda na comparação entre abril deste ano com março: -2,89%.
Já na análise regional, utilizando como base de comparação o mês de abril de 2021 frente ao mesmo mês do ano passado, os resultados são positivos. Nordeste lidera com (63,11%), seguido por: Norte (46,07%); Centro-Oeste (44,67%), Sul (43,89%) e Sudeste (33,80%).
O comércio eletrônico representou 13,3% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção), em março de 2021. No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 10,8%. Esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 7 de maio. Em março de 2021, a composição de compras realizadas pela internet, por segmento, ficou da seguinte forma: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (43,1%), móveis e eletrodomésticos (26,9%); e tecidos, vestuário e calçados (10,4%). Na sequência, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,4%), outros artigos de usos pessoal e doméstico (6,2%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,5%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2,5%). Esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.
Outra métrica avaliada pelo MCC-Enet revela que, no trimestre de janeiro a março de 2021, 17,2% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online. Observa-se uma queda de 1,2 p.p em relação ao trimestre anterior (18,4%). Já na comparação com o mesmo período em 2020 (12,3%), houve crescimento de 4,9 p.p.
Já estudo da plataforma Nuvemshop apontou que nos primeiros quatro meses do ano, pequenas e médias empresas já faturaram mais de R$ 650 milhões. O valor representa mais que o triplo do faturamento registrado em 2020, um aumento calculado em 213%. O volume de pedidos também mais que triplicou, de 953 mil para mais de 3 milhões no mesmo período.
O segmento de moda, o mais representativo em faturamento na plataforma, movimentou mais de R$ 189,5 milhões no primeiro quadrimestre deste ano, crescendo 190% em relação ao mesmo período do ano passado 2020. Joias foram uma das surpresas do quadrimestre por registrarem um aumento de 264% e faturamento de R$ 11,3 milhões. O mercado de artes também seguiu fortalecido na plataforma e cresceu 168%, com faturamento de R$ 15,1 milhões. Outros destaques foram os segmentos de acessórios (+146% – R$ 43,6 milhões) e comida & bebida (+144% – R$ 15,5 milhões). O segmento de casa & decoração também registrou crescimento de 149% no faturamento, chegando a R$ 26,3 milhões.
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