É hora de radicalizar

Oposição prioriza impeachment, mas sabe aonde quer chegar?.

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Robert Reich (foto de Albaum, Wikipedia)
Robert Reich, ex-secretário do Trabalho dos EUA (foto de Albaum, Wikipedia)

Um balaio junta da oposição à direita (que come de garfo e faca, como assinala o cientista político Eduardo Beniacar) em campanha pelo impeachment de Jair Bolsonaro. A direita, como mostra João Dória Jr., sabe bem aonde quer chegar e se posiciona para isso. Mas e a esquerda?

Em artigo publicado nesta terça-feira, o ex-ministro José Dirceu assinala que a principal tarefa, hoje, “é o impeachment de Bolsonaro, sem deixar de priorizar o combate à pandemia”. Este seria feito com apoio a ações nos estados e municípios e “um plano de investimentos públicos”.

O consultor político Orlando Tomé afirma que a esquerda tem que radicalizar. Sem isso, será engolida pela direita, que nada de braçada nas redes sociais, território no qual, acredita, os debates políticos continuarão por alguns anos.

Robert Reich, que foi secretário do Trabalho dos Estados Unidos, defende posição semelhante em artigo publicado no domingo no jornal britânico The Guardian (“Biden não pode governar para o centro; acabar com o Trumpismo demanda ação radical”). “Fortalecer a democracia significa tirar o ‘big money’ da política, fortalecer o direito de voto”, defende Reich.

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“O momento exige investimento público em uma escala muito maior do que o necessário para alívio da Covid”, prossegue. “Os EUA precisam criar um vasto número de novos empregos que levem a salários mais altos, revertendo a exclusão racial e também a trajetória descendente dos norte-americanos cuja raiva e ressentimento Trump cinicamente explorou.”

“Isso incluiria a educação infantil universal, o acesso universal à internet, escolas de nível mundial e universidades públicas acessíveis a todos”, explicita. “Investir em pesquisa básica (…) junto com saúde pública”, receita Reich.

 

Yes, nós temos cilindro

A quase centenária MAT, de Jundiaí (SP), viu sua produção de cilindros de oxigênio medicinal passar de 80 mil, em 2019, para 143 mil, em 2020. A empresa, que também produz cilindros de gás natural (GNV), alcançou um faturamento de R$ 160 milhões, alta de 22%.

A MAT conseguiu atender não só à demanda interna por cilindros de oxigênio, mas também a de outros países das Américas no período mais crítico da pandemia. O principal importador de cilindros brasileiros são os EUA, seguido pelo Peru. A indústria aumentou o número de funcionários da fábrica em 12%. O presidente da empresa, Luiz Fernando Assaf, tem meta de crescimento de 15% em 2021.

Na área de GNV, houve um retorno das compras no final do ano. Neste mercado, contudo, a MAT sofre impactos de importações feitas pela concorrência. Os cilindros para gás têm sido exportados para o Brasil pela China. Há um questionamento se estão sendo vendidos por preços menores que os cobrados no mercado chinês, o que caracterizaria dumping.

 

Rápidas

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