A atividade econômica da Argentina caiu 8,4% em março na comparação com o mesmo mês de 2023 e acumulou uma contração de 5,3% no primeiro trimestre de 2024, segundo informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
No terceiro mês completo do governo de Javier Milei (ele assumiu em 10 de dezembro do ano passado), as houve quedas em 10 dos 16 setores, lideradas pela construção, que, em resultado da paralisação das obras públicas, registou uma retração de 29,9%.
A indústria de transformação contraiu 19,6%, enquanto o comércio atacadista e varejista teve queda de 16,7%.
Da mesma forma, a atividade fiscal líquida de subsídios caiu 11%; o setor de eletricidade, gás e água, 7,5%; atividades imobiliárias empresariais, 3,2%; e serviços comunitários e sociais sofreu perda de 2,7%.
Entre as altas em março, destacou-se o setor agrícola, recuperado da forte seca que o país atravessou no início do ano passado, com a agricultura, pecuária, caça e silvicultura com um avanço de 14,1%; seguida pela mineração, com 5,9%, e pela pesca, com alta de 2,9%.
Segundo analistas locais, a queda no primeiro trimestre era esperada, como resultado das medidas fiscais e monetárias implementadas pelo presidente Milei, entre as quais se destaca uma forte desvalorização levada a cabo em dezembro, somada ao ajustamento inflacionário e o corte dos gastos públicos.
Segundo estimativas de analistas privados consultados pelo Banco Central da República Argentina, a economia argentina cairá 3,5% em relação à média de 2023, similar à projeção feita pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal).
O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista e previu uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina de 2,8%. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico projetou uma recessão de 3,3% em 2024.
Com Agência Xinhua