O Produto Interno Bruto (PIB, indicador da economia) aumentou 0,3% na Zona do Euro e na União Europeia (UE) no segundo trimestre de 2024, em comparação com o trimestre anterior, de acordo com dados preliminares divulgados nesta terça-feira pelo Eurostat. A alta foi de 0,6% e de 0,7%, respectivamente, em relação ao segundo trimestre de 2023
No primeiro trimestre de 2024, o PIB também cresceu 0,3% em ambas as regiões, informou o escritório estatístico da UE. Os dados levam em conta a sazonalidade entre os trimestres, como a diferença entre número de dias úteis, por exemplo.
A produção da Alemanha contraiu 0,1% no segundo trimestre, de acordo com dados do Eurostat. França e Espanha tiveram crescimento de 0,3% e 0,8%, respectivamente. A maior taxa de crescimento foi registrada na Irlanda, com um aumento de 1,2% no segundo trimestre. Por outro lado, a Letônia teve um declínio notável de 1,1%, com Suécia e Hungria também relatando queda.
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Bert Colijn, economista sênior do ING, observou que, embora a economia da Zona do Euro tenha crescido mais rápido do que o esperado no segundo trimestre, a recuperação continua cautelosa, apoiada pelo baixo desemprego e pela inflação reduzida. Colijn também disse que não há sinais de maior aceleração no crescimento econômico da região.
“As diferenças dentro da Zona do Euro continuam marcantes”, disse Colijn, observando que a Espanha continua a ser o motor de crescimento, enquanto a França também parecia mais saudável do que o esperado no segundo trimestre, embora isso tenha ocorrido principalmente devido a efeitos isolados de exportação. “A Alemanha continua sendo o elo fraco nesta economia pós-pandemia, e o desempenho geral é fraco sem a contribuição da Espanha”, acrescentou.
Perspectivas negativas para economia da Europa
A economia alemã é a principal afetada pelas sanções impostas pelos EUA contra a Rússia, que acabam prejudicando os países europeus. A Alemanha vê os custos de energia subirem com a impossibilidade de importar mais gás russo.
Colijn também expressou preocupações sobre o futuro, citando um declínio no Índice de Gerentes de Compras (PMI) da Zona do Euro nos últimos dois meses e fraquezas contínuas na manufatura devido a pedidos baixos. Consequentemente, a perspectiva para o terceiro trimestre não parece promissora, disse ele.
Para o Banco Central Europeu (BCE), o ambiente econômico atual sugere que cortes nas taxas de juros continuam sendo uma possibilidade, já que a demanda doméstica provavelmente não impulsionará uma inflação significativa, disse Colijn. O BCE manteve as principais taxas de juros em sua reunião de julho, após uma grande mudança de política em junho, quando reduziu as taxas em 0,25 ponto percentual, marcando seu primeiro corte desde setembro de 2019.
Com Agência Xinhua