A queda na atividade econômica dos 27 países-membros que compõem a União Europeia pode chegar a 8,3%. Na Itália, pode atingir 11,2%. A retração seria seguida por uma recuperação de 5,8% em 2021, segundo calcula a Comissão Europeia. A Zona do Euro deverá contrair 8,7% este ano, com crescimento de 6,1% em 2021. Ambos são piores do que as previsões feitas por Bruxelas em maio.
A economia do Reino Unido encolherá 9,75%. França e Espanha enfrentarão quedas mais acentuadas na produção (10,6% e 10,9%). A Alemanha, que lidou melhor com as medidas de combate à pandemia, deve cair 6,3%. A economia da Holanda encolherá 6,8%.
Segundo a Comissão Europeia, “dados iniciais de maio e junho sugerem que já passamos pelo pior”. Entretanto, essas previsões se baseiam na presunção de que não haverá uma segunda onda da doença no continente, o que faz com que sejam cercadas de incerteza. Outro motivo de incertezas é a falta de um acordo entre a UE e o Reino Unido na questão do Brexit.
O crescimento previsto nos PIBs nacionais em 2021 é de 7,6% na França, 7,1% na Espanha, 6,1% na Itália, 6% em Portugal e Reino Unido e 5,3% na Alemanha. As previsões indicam que nenhum país conseguirá chegar ao final do ano que vem em patamar superior a 2019.
Os 27 líderes da UE negociam um acordo sobre o pacote de ajuda de € 750 bilhões que visa mitigar os piores efeitos da recessão gerada pela pandemia. Até o momento, nada de concreto foi acertado. O comissário europeu para Economia, Paolo Gentiloni, pediu que os países acelerem o consenso em torno do plano na próxima reunião dos líderes sobre a questão, marcada para a semana que vem.