Economia solidária; novas regras

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Na economia solidária, a mão-de-obra vai a busca de know-how, que é bem público, e desenvolve o produto no local, gerando trabalho e organizando o mercado econômico-financeiro do país (antagônica que é à ditadura do capital, que desintegra o social).
Exemplos são as pesquisas, que são repassadas ao mercado, a fim de gerar trabalhos e desenvolvimento social em cada país, através da globalização da informação, que, pelo know-how, organiza o treinamento (geralmente realizado com apoio e estímulo do Estado). A economia solidária tem como maior retorno a geração de empregos, ou melhor, trabalho e patrocínio, através da simbiose sócio-econômica que é de acordo com o poder aquisitivo dos cooperadores/donos. A partir desses estabelecem a cooperação econômica e compartilham os recursos humanos, materiais e econômicos-financeiros formando a eqüidade durante o processamento técnico, via software. A cooperação é a ajuda mútua em ação, composta não apenas de organização econômica e social, mas também pela interação, integração e interdependência entre si, mas dos efeitos que redundam da solidariedade social e da cooperação econômica. Atualmente o governo interfere na economia nacional e não no mercado, que se globalizou, buscando viabilizar sua autonomia econômica; no entanto, não está sabendo como encontrá-la. Como o cooperativismo organiza o social, o governo, por sua área de ação limitada, deve apoiá-lo e estimulá-lo, pois precisa dele. Ao limitar o crescimento, embora não possam expandir o mercado, o governo e o movimento da cooperação têm uma área de ação global econômica propícia ao retorno social, pois seus mecanismos tornam-se interdependentes e assim podem cooperar na geração de trabalhos dentro da autonomia econômica do país. Ao se transformar os cooperadores em donos e usuários do capital, passa-se, também, a proteger e amparar a produção local, colaborando com a organização do mercado interno e com a autonomia econômica do país, pois, apesar da globalização da economia, ao ingerir na área limitada do Estado-Nação, passa assim a gerar a organização social na área de atuação local/comunitária. Há necessidade de uma nova educação, na cooperação, em que a autonomia do “EU” deve ser despertada, bem como todos os seus valores, para que o movimento possa atingir seus fins. Somente assim formarão cooperadores capazes de se respeitarem como donos e usuários do capital, numa autêntica cooperação econômica. Estabelecem-se as bases da empresa de acordo com as necessidades, os interesses e as reivindicações do mercado, levantados de baixo para cima, numa fase ANTES de entrar em adesão livre, através do estudo de mercado. Após este, se obterá a totalidade dos interessados, para verificar se compensa constituí-la, uma vez que vai do consumidor a produção para o consumo. A comercialização, que era forma de gerar sobras, deve passar para o know-how que vem com valores preestabelecidos para o controle de qualidade. A nova revisão precisa organizar uma Economia Solidária, e cria novas regras aos universais princípios do cooperativismo; e, a partir dela, estabelecer a autonomia na organização da empresa, através da organização do mercado da informação e dos meios tecnológicos.

Rosalvi Maria Teófilo Monteagudo
Autora de Economia Solidária; Novas Regras (iEditora, 2002), é formada em Biblioteconomia pela USP e pós-graduada em Ciência da Informação e em Cooperativismo.

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