Ecovias admite pagamento de propina e caixa 2 a governos tucanos

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A concessionária Ecovias, do Grupo Ecorodovias, que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, em São Paulo, reconheceu o ter pago propinas e distribuído caixa 2 durante os governos dos tucanos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. O pagamento aconteceu de 1998 a 2015. Pelo acordo celebrado com o Ministério Público do Estado (MPE), a Ecovias pagará R$ 650 milhões, Não foi revelado o montante da propina paga.

O valor do acordo representa 12% do valor de mercado da Ecorodovias. No pregão da Bolsa de Valores desta terça-feira, as ações do grupo subiram mais de 6% e voltaram para a faixa de R$ 10.

No acordo firmado com o MPE. A Ecovias admite que todos os 12 contratos de concessão rodoviária assinados pelo Governo de São Paulo entre 1998 e 2015 foram fraudados por meio da ação de um cartel – as propinas foram pagas ininterruptamente durante os governos do PSDB.

Dos R$ 650 milhões a serem pagos, R$ 450 milhões serão usados em obras não previstas no contrato de concessão; R$ 150 milhões para custear uma redução de 10% no valor da tarifa do pedágio da Ecovias entre 19h e 5h, em uma ação voltada a caminhoneiros que continuam trabalhando em meio à pandemia de coronavírus. Outros R$ 50 milhões são a multa.

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O Governo de São Paulo, hoje com o também tucano João Doria Jr., disse que apenas participou das negociações para definir as obras a serem bancadas pela concessionária. O PSDB negou propina ou caixa 2 e garantiu que todos os recursos doados ao partido foram feitos através de meios oficiais e registrados no TSE.

Os governos do PSDB em São Paulo também são alvo de denúncia no sistema de trens, o trensalão tucano, igualmente com a presença de cartéis para fraudar concorrências e distribuição de propinas, prejudicando os cofres públicos.

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