Os atentados de 11 de setembro continuam fazendo estragos nos Estados Unidos. Depois de ocupar até 2000, o segundo lugar no mercado de turismo internacional, os EUA perderam esta posição, ano passado, para a Espanha. A França, com 11,1% do movimento mundial, manteve a liderança do ranking. A Espanha recebeu 7,2% dos turistas, os EUA, 6,5% e a Itália, com 5,.7%, ficou em quarto lugar do mercado. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT) até agosto o movimento do turismo mundial crescera 8%, mas depois dos atentados, fechou em queda de 11%.
Mudança de ares
Os números da OMT indicam ainda que os atentados nos EUA podem estar provocando uma redistribuição no mercado de turismo – segundo maior negócio do mundo, atrás apenas da indústria armamentista. A queda registrada na Europa (0,7%) foi bem inferior à média internacional em 2001. Na Espanha, o movimento recuou apenas 0,3%, enquanto na França, cresceu 1,3% em relação ao ano anterior.
Perdas
O blecaute de 21 de janeiro levou mais de 20 mil consumidores a entrar com pedidos de indenização por danos em aparelhos eletro-eletrônicos, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Cerca de 8 mil pedidos já foram deferidos, dos quais apenas 3 mil foram ressarcidos. Os 5 mil restantes ainda terão seus aparelhos reparados pelas empresas. As distribuidoras também informaram que indeferiram, até o momento, 2,3 mil pedidos de ressarcimento. Outras 10 mil solicitações ainda estão examinadas. Os consumidores podem encaminhar os pedidos de ressarcimento até o dia 22 deste mês, 90 dias desde a data de ocorrência do apagão que atingiu as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Produtividade
Esquecido pelo governo, que só se mostra atento na hora de beneficiar as distribuidoras de energia elétrica privatizadas, o cronograma de revisões tarifárias será publicado pela Aneel este mês. A revisão está prevista nos contratos de concessão e ocorre a cada três, quatro ou cinco anos. O objetivo é repassar aos consumidores os gigantescos ganhos de produtividade obtidos pelas concessionárias, que demitiram funcionários e reduziram os serviços oferecidos aos clientes.
A revisão começará em abril; em julho será feita a revisão da Eletropaulo (SP); em agosto da Elektro (SP); em outubro da Elektro e da Piratininga (ambas de SP); em novembro da Light (RJ) e em dezembro da Cerj (RJ). Essas empresas representam aproximadamente 66% do mercado do distribuição.
A revisão se destina à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro das empresas. Conhecendo o atual governo, esta coluna assume papel de oráculo e avisa que vêm novos aumentos de tarifa por aí.
Tráfico
É comum quando um novo governante assume passar o primeiro ano de mandato culpando o antecessor por qualquer problema que acontece. Se contar com uma máquina de divulgação azeitada, consegue estender este prazo até o final do segundo ano de administração. Pois o governo Garotinho, do Rio, inovou. Tenta imputar ao sucessor – Benedita da Silva, vice-governadora, assume com a saída de Garotinho amanhã, para disputar a Presidência da República – a responsabilidade pela guerra do tráfico que aterrorizou a Tijuca, bairro de classe média tradicional.
O fracasso em conter a escalada da violência é a principal pedra no sapato de Garotinho.
Reciclagem
As empresas de construção civil poderão ter que implantar serviço de coleta seletiva e de reciclagem do lixo gerado pelas obras nos centros urbanos. A medida foi aprovada ontem pela Câmara de Controle Ambiental do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O resíduo das construções pode ser utilizado como matéria-prima em diversas áreas, como na fabricação de blocos de tijolos, placas pré-moldadas e em capa de asfalto. A resolução será submetida ao plenário do Conama no próximo mês. De acordo com o conselho, a colocação dos resíduos em locais inadequados contribui para degradação da qualidade ambiental, principalmente considerando que o setor é responsável por grande percentual dos resíduos sólidos gerados nos centros urbanos.