Ainda extraindo o material, muito bem elaborado, contido na coluna anterior, entendemos que seria de todo indispensável apresentar os efeitos da degradação ambiental. O material anuncia os impactos sobre a saúde humana e perda do potencial econômico. Conforme excelente matéria no site www.rnsambiental.com.br, um dos principais exemplos que podemos observar é o crescimento de doenças cardiovasculares associadas ao aumento de fumaças provenientes das queimadas.
Outra forma de observar o impacto da degradação ambiental na saúde humana é a partir de estudos sobre o DDT. Muitos dos problemas acontecem pelo uso direto desses pesticidas ou ainda através da contaminação de alimentos. É conhecido que o DDT causa efeitos somente a longo prazo, portanto seus efeitos nem sempre são imediatos e fáceis de serem combatidos. Basicamente, os ambientes se mantêm equilibrados devido às interações entre as diferentes espécies ali presentes. Portanto, um ambiente saudável se mantém viável devido a sua biodiversidade. A degradação ambiental tem causado esse desequilíbrio, sendo que muitas vezes ocorre o favorecimento de poucas espécies em detrimento de várias outras.
Em linhas gerais, a perda da biodiversidade, por trazer um grande colapso ao planeta, faz com que aconteça uma queda na qualidade de vida, problemas no suprimento alimentar, aumento no número de doenças e maior ocorrência de desastres naturais. Um ambiente degradado perde o atrativo. Dessa forma, tem um grande impacto para indústrias que dependam do ecossistema equilibrado, como é o caso do turismo. Assim, ao ocorrer perda na biodiversidade, ocasionando diminuição no número de espécies de fauna e flora, o ambiente perde a beleza, fazendo com que menos pessoas visitem o local, podendo colapsar toda a economia da região.
Além disso, outro impacto econômico significativo é a perda da variabilidade genética de espécies úteis ao homem, ou seja, imagine uma praga que dizimasse toda a população do feijão existente, não teríamos o código genético para deter essa praga, o que muito provavelmente levaria ao colapso do cultivo do feijão. Esse exemplo é somente para uma única espécie, mas podendo ser levado para praticamente todas as espécies viventes em nosso planeta.
O site acima mencionado faz um levantamento da importância da biodiversidade em nosso país. Segundo um estudo divulgado em 1997, o Brasil apresenta a primeira posição em biodiversidade de plantas superiores, mamíferos e peixes de água doce, além de ser o segundo na quantidade de anfíbios, o terceiro em número de espécies de aves e o quinto no número de répteis. Esses dados mostram a importância da biodiversidade brasileira, evidenciando ainda mais o alto nível de espécies endêmicas, ou seja, encontradas somente em uma região. Além disso, o Brasil também apresenta áreas conhecidas como áreas-chave (hotspots), as quais compreendem a Mata Atlântica, o Cerrado e a Amazônia.
O modelo de desenvolvimento vigente apresenta um incentivo às atividades poluidoras, apesar de a legislação apresentar um amplo debate sobre o controle da poluição e outros aspectos da degradação ambiental. Portanto, mesmo o Brasil dispondo de uma legislação ambiental, existem dificuldades econômicas, técnicas e políticas atreladas, que impedem a implantação de medidas mais efetivas. Podemos observar que dentro dos nossos biomas-chave, a Mata Atlântica apresenta 7% de mata remanescente, o Cerrado, 20%, e a Floresta Amazônica ainda detém 80% do seu bioma. Entretanto, está em processo acelerado de degradação, sendo que no último ano apresentou um índice de 92% de aumento no desmatamento.
Assim, podemos ver que ações contra a degradação ambiental precisam ser realizadas todos os dias, incentivando as pesquisas e o aumento das áreas de proteção. Na próxima coluna, abordaremos um pouco mais da biodiversidade, ao qual já iniciamos nesta coluna.