Eixo SP Concessionária de Rodovias terá R$ 3 bi

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Fachada do BNDES: divulgação
Fachada do BNDES: divulgação

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento para a Eixo SP Concessionária de Rodovias S.A. realizar investimentos previstos para os sete primeiros anos da concessão do Lote Piracicaba-Panorama (PiPa), o maior lote rodoviário já concedido no país.

São 1.224 quilômetros de rodovias que cruzam 62 municípios do Estado de São Paulo, entre a região de Piracicaba e o extremo oeste do estado, na divisa com Mato Grosso do Sul. O Estado de São Paulo realizou o leilão de concessão do Lote PiPa em janeiro de 2020. Em maio, foi assinado o contrato com a Eixo SP, que iniciou a operação em junho.
O apoio do BNDES, no valor de R$ 3 bilhões, corresponde a 58% dos investimentos que PiPa realizará nos sete primeiros anos, cerca de R$ 5 bilhões. “Esses recursos vão permitir a duplicação de pistas, construção e ampliação de pontes e viadutos, e implantação de terceiras e quartas faixas, vias marginais e ciclovias. Vão contemplar também a construção dos serviços de atendimento ao usuário (SAU), áreas de descanso para caminhoneiros, praças de pedágio, postos de fiscalização (PGF) e postos da Polícia Militar Rodoviária, além da instalação de sensores de tráfego, radares, lombadas eletrônicas e balanças”, citou o BNDES.
Segundo Leonardo Pereira, superintendente da Área de Saneamento, Transporte e Logística do BNDES, “ao longo dos 30 anos da concessão, serão investidos cerca de R$ 12 bilhões em obras e espera-se a criação de mais de seis mil empregos diretos e indiretos para a operação da rodovia, além de outros quase oito mil empregos diretos e indiretos para as obras dos primeiros sete anos”.
Para Sérgio Santillan, CEO da Eixo SP, “o apoio do BNDES permite que um projeto desse porte seja viabilizado, trazendo enormes benefícios para as cidades vizinhas, para o Estado e para o país”.

Sistemas rodoviários

O Lote PiPa é formado por dois sistemas rodoviários. O primeiro é oriundo da antiga Centrovias, trecho que compreende pouco mais de 200 km das rodovias SP-225 e SP-310 — anteriormente operado pela Arteris e transferido à Eixo SP em junho de 2020 —, que tem cobrança de pedágio desde 1998. O outro sistema é composto por trechos que totalizam cerca de 1.000 quilômetros, abrangendo as rodovias SP-191, SP-197, SP-261, SP-284, SP-293, SP-294, SP-304, SP-308, SP-331 e SP-425, que começarão a ser pedagiadas neste ano.
A concessionária – A Eixo SP é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) constituída em janeiro do ano passado para a exploração de PiPa. Seu controle acionário pertence ao Pátria Infraestrutura IV Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (Pátria – FIP IV), que detém 70% das ações de forma indireta. O restante das ações pertence ao NY Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP-NY).
O Pátria – FIP IV é um fundo administrado pelo Pátria Investimentos, gestor de fundos de investimento que tem atuação global e mais de 30 anos no mercado de gestão de ativos alternativos. O FIP-NY é controlado pelo GIC, fundo soberano do Governo de Singapura.

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