Eleição na Venezuela: China e Rússia reconhecem, Brasil aguarda, e Milei pede golpe militar

Centro Carter, que observou eleição na Venezuela, cobra atas; CNE promete divulgação nas ‘próximas horas’

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Nicolás Maduro (Foto: Presidência da República da Venezuela)
Nicolás Maduro (Foto: Presidência da República da Venezuela)

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil informou, por meio de nota, que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela dos “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

A posição é a mesma manifestada pelo Centro Carter, principal que enviou observadores à Venezuela para a eleição, que pediu ao CNE “para publicar imediatamente os resultados das eleições presidenciais no nível das seções eleitorais”. A mesma postura foi adota pelo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que celebrou as eleições venezuelanas e disse esperar pelos resultados oficiais.

O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta segunda-feira que o CNE deve publicar “nas próximas horas” as atas eleitorais que mostram o resultado de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação desse domingo, “tal como historicamente se tem feito graças ao sistema automatizado de votação”.

Edmundo González Urrutia e María Corina Machado
Edmundo González Urrutia e María Corina Machado (foto Str, Xinhua)

Saab acusou María Corina Machado, opositora do governo de Nicolás Maduro, de estar envolvida no suposto ataque hacker contra o sistema do CNE neste domingo. O Conselho Eleitoral diz que um ataque atrasou a totalização dos votos e a proclamação dos resultados, feita por vota das 1h da manhã no horário de Caracas (2h de Brasília), que deu vitória a Maduro com 51,21%, contra 44,2% de Edmundo González, após apuradas 80% das urnas.

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De acordo com Saab, o ataque teve origem na Macedônia do Norte, país do leste europeu da antiga Iugoslávia, com a intenção de manipular os dados do CNE. Ainda segundo a autoridade venezuelana, estariam por trás desse plano, entre outras pessoas, o opositor Leopoldo López, foragido da justiça e hoje radicado na Espanha, além da opositora María Corina Machado.

Rússia, China, Cuba e Bolívia estão entre os países que já reconheceram a reeleição de Maduro. EUA e Europa aguardam a divulgação das atas eleitorais. O presidente da Argentina, Javier Milei, disse que não reconhecerá os resultados das urnas e pediu que “as Forças Armadas desta vez defendam a democracia e a vontade popular”, ecoando o que disse Corina: “O dever da Força Armada Nacional é fazer respeitar a soberania popular e é isso que esperamos.”

Com agências Brasil e Xinhua

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