‘Eleições não afetarão crescimento de lojas de material de construção’

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Loja de material de construção (Foto: Charles Damasceno/Ag. Sebrae)
Loja de material de construção (Foto: Charles Damasceno/Ag. Sebrae)

Segundo Cláudio Conz, presidente do Sindicato Empresarial do Comércio Atacadista e da Distribuição de Material de Construção, Material Elétrico e Energia Elétrica no Estado de São Paulo (Sincomaco), o mercado prevê resultado positivo para o segundo semestre de 2022, independentemente dos resultados das eleições.

Essa análise está baseada no fato de que a maioria das famílias que decidem construir ou reformar faz um planejamento médio de seis meses a um ano e, historicamente, não se atém a datas ou eventos sazonais – como, por exemplo, o calendário eleitoral.

Segundo ele, a única exceção é o Natal:

“As pessoas preferem que seu lar esteja completamente finalizado para esta ocasião. Portanto, a partir de 20 de dezembro, nota-se uma queda expressiva nas vendas. Contudo, em janeiro, o setor volta a ficar aquecido. Ao todo, o Brasil tem mais de 72 milhões de domicílios. São imóveis que podem precisar de reforma, manutenção ou ampliações. A demanda deste setor é constante – e está reprimida, conforme nossa análise. A tendência é sempre melhorar, explica Conz.

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Ainda segundo ele, “um fenômeno curioso é que, apesar de o volume físico de vendas de materiais de construção ter caído, o faturamento aumentou. Como os preços, em geral, apresentaram alta, o lucro do segmento acompanhou a tendência.”

Agora, com a sinalização de uma menor inflação, o poder de compra da população deve aumentar – o que impactará positivamente no comércio.

“A estimativa da inflação para 2022 foi reduzida pela quinta semana consecutiva. O IPCA deve fechar em 7,15%.”

Um dos mercados, porém, que pode sofrer interferências em relação às eleições presidenciais é o da nova construção. As construtoras, conforme indica Conz, pensam em longo prazo. Considerando que os governos têm uma proposta clara de combater o déficit habitacional, o setor é aquecido de forma sustentável.

“Há algum tempo, o Brasil vive um boom de lançamentos imobiliários. Sem dúvida, isso tem muito a ver com a estabilidade política e econômica. No cenário inflacionário pós-pandêmico e em meio às tensões geopolíticas, o mercado de ações e até mesmo as criptomoedas se mostram instáveis. Os imóveis, porém, permanecem como uma opção segura – sobretudo para quem nunca investiu antes.”

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