Eletroeletrônicos tiveram queda anual de 6,8% em abril

Enquanto o preço dos aparelhos de ar condicionado subiu 16,3% em um ano, o valor dos smartphones caiu 14%

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Smartphones (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Smartphones (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Os preços dos produtos eletroeletrônicos vendidos no e-commerce apresentaram queda anual de 6,8% em abril de 2024, de acordo com o Índice de Preços da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)/Buscapé. A pesquisa, que monitora 47 categorias de eletroeletrônicos e mais de 2 milhões de preços continuamente, com informações do principal comparador de preços do país, mostra que a variação de abril é semelhante à média das variações anuais dos últimos seis meses, com pequenas diferenças entre elas, indicando estabilidade do índice no período.

Desde janeiro de 2023, os preços dos eletroeletrônicos tiveram queda anual em todos os meses, ao contrário do que ocorreu com os preços em geral. A queda mensal de -0,23% nos preços de eletroeletrônicos vista em abril vem logo após as quedas de -1,29% em março e -0,56% em fevereiro, e reforça o cenário de deflação do segmento que, de acordo com a série de 28 meses analisados no Índice Fipe/Buscapé, teve aumentos de preços somente em 5 meses.

Para Sergio Crispim, pesquisador da Fipe, a redução de preços é algo comum para o setor e é aplicada em nível mundial.

“A evolução da estrutura do mercado e o avanço tecnológico estão conduzindo a uma constante queda nos preços dos produtos com o passar do tempo. Em certos segmentos, variações de preço podem ser impulsionadas por fatores externos específicos, como no exemplo do setor de ar-condicionado” explica o pesquisador

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Apenas duas categorias tiveram aumento de preço no período anual de abril, comparativamente ao mesmo mês do ano passado: ar-condicionado (16,3%) e ventilador e circulador (1,8%). Ambos foram pressionados principalmente pelo desequilíbrio entre demanda e oferta, derivado do calor atípico e de problemas logísticos, que resultaram em expressivos aumentos mensais no último quadrimestre de 2023, com um pico de 7,4% em dezembro.

A categoria de smartphones é sempre a principal no cenário de quedas de preço. Em abril, o produto ficou, em média, 14% mais barato, seguindo a tendência de meses anteriores. Além dos celulares, destacam-se monitores (-12,7%), notebooks (-12,1%) e desktops (-11,5%).

Já de acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira de Artigos para a Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas, Flores e Têxtil (ABCasa), em parceria com o Inteligência de Mercado (Iemi), o varejo de artigos para casa registrou uma receita mensal estimada em R$ 7,3 bilhões em fevereiro, representando uma queda de 8,9% em valores nominais em relação ao mês anterior. Em volumes físicos, essa queda foi de 9,1%.

No acumulado do ano até fevereiro de 2024, o segmento apresentou um aumento de 4,8%. A inflação do varejo de artigos para casa foi de 0,41% em março, resultando em uma variação positiva de 0,44% no acumulado do ano e uma alta de 1,45% nos últimos 12 meses.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do segmento de artigos para casa apresentou um aumento de 0,41% em março de 2024, acima da inflação geral que foi de 0,16%. Destaca-se que utensílios e enfeites registraram a maior queda no mês (-0,53%), enquanto cama, mesa e banho apresentaram o maior aumento (1,22%).

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