Em apenas 3 meses SP perdeu 2,3 milhões de vagas

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Estudo da Fundação Seade, ligada ao governo de São Paulo, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), informa que somente do primeiro para o segundo trimestre, o Estado de São Paulo perdeu 2,3 milhões de vagas de emprego.

De acordo com o estudo o total de ocupados foi estimado em 19,9 milhões, queda de 10,5%. Apenas na região metropolitana, onde se concentram 9,3 milhões de ocupados, a retração foi mais intensa, 11,6%, com perda de 1,2 milhão de vagas. Na capital, a ocupação caiu 12,3%, para 5,4 milhões (menos 758 mil).

Houve redução em todos os setores de atividade. Apenas o comércio perdeu 25% das vagas. Serviços de alojamento e alimentação cortaram 15%. A ocupação também caiu na indústria de transformação (13%), nos serviços domésticos (11%) e na construção civil (10%).

Outro dado mostra impacto em relação ao sistema previdenciário. Das 2,3 milhões de ocupações a menos, havia 1,3 milhão que contribuíam para a Previdência Social. Na região metropolitana, 488 mil contribuíam e 719 mil não tinham proteção social.

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A taxa média de desemprego aumentou de 12,2% para 13,6%, chegando a 15,8% na região metropolitana de São Paulo e a 15,3% na capital. O número de desempregados foi estimado em 3,1 milhões, sendo 974 mil no município de São Paulo.

De um trimestre para outro, o acréscimo foi de 37 mil desempregados (1,2%), o que indica relativa estabilidade, segundo o Seade. “O isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19 limitou a busca por trabalho”, diz a fundação.

O rendimento médio caiu em todas as modalidades no estado. Entre os empregados no setor privado com carteira assinada, por exemplo, a queda foi de 16,7%, para estimados R$ 2.801. Entre os que não tinham registro, diminuição de 3,2%, para R$ 2.349. A retração foi mais intensa (27,9%) para os trabalhadores por conta própria (R$ 1.844). “Quase triplicou (2,6 vezes) o número de ocupados com rendimento igual a zero: de 456 mil para 1,2 milhão de pessoas nos dois primeiros trimestres de 2020”, informa ainda o Seade.

#Da Redação com a CUT

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