A venda de 4,03 milhões de livros no segundo período de 2023, com uma receita de R$ 194,88, não foi suficiente para superar o desempenho do mesmo período do ano anterior, que registrava 4,63 milhões de livros movimentados e um faturamento de R$ 210,94 milhões. Os dados são do 2º Painel do Varejo de Livros no Brasil em 2023, pesquisa realizada pela Nielsen Book do Brasil e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). Segundo o estudo, o período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2023 ante 31 de janeiro a 27 de fevereiro de 2022 registrou queda de 12,93% em volume e 7,61% em faturamento. O mais novo período monitorado de 2023 não consegue superar a performance do mesmo período em 2022, quando o mercado livreiro retomava com fôlego após a pandemia.
Segundo Ismael Borges, Territory Manager da Nielsen Book do Brasil, “a bibliodiversidade caindo em quase dois dígitos, preço médio acima da inflação, queda expressiva de vendas em volume e valor, o início de 2023 não deixa dúvidas que o mercado editorial terá um ano desafiador, vale sempre lembrar que estamos fazendo comparações com bases bastante altas, já que 2022 começou muito forte. A expectativa é que no decorrer dos períodos os números possam se equalizar”.
Já para Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, “o evidente declínio do período vem confirmar as preocupações demonstradas pelo setor com o cenário econômico. Ainda é cedo para estabelecermos uma tendência de médio prazo, mas será fundamental que o PIB apresente sinais de crescimento sustentado.”
O início de 2023 começa a ser desenhado com um ritmo decrescente, trazendo um grande desafio ao setor livreiro, que já anuncia alguns impasses em relação ao setor varejista e que segue sendo monitorado de forma mais analítica pelos profissionais do mundo livreiro. A variação no acumulado de 2023 é negativa em relação ao começo do ano anterior, sendo 8,82% menor em volume e 2,34% em faturamento. O volume em 2023 é de 9,27 milhões de livros e um valor de R$ 458,72 milhões, contra um 2022 que começou com a venda de 10,16 milhões de livros, faturando R$ 469,72 milhões.
Os números têm como base o resultado da Nielsen Bookscan Brasil, que apura as vendas das principais livrarias e supermercados no país.
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