A Embraer reportou nesta sexta-feira os resultados do terceiro trimestre (3T24). A carteira total de pedidos atingiu US$22,7 bilhões no período (resultado 25% maior no comparativo anual e quase 10% acima do volume registrado no trimestre anterior) – o maior nível dos últimos nove anos, com aumento de mais de 25% na comparação anual.
A fabricante disse que a aviação comercial estima entregar entre 70 e 73 aeronaves (anteriormente de 72 a 80) e a Aviação Executiva entre 125 e 135 (números inalterados). Na perspectiva financeira, a receita está prevista entre US$6,0 bilhões e 6,4 bilhões (inalterada), margem EBIT ajustada entre 9,0% e 10,0% (acima de 6,5% e 7,5%) e Fluxo de Caixa Livre ajustado de US$300 milhões ou maior (acima de US$220 milhões ou maior).
A Embraer entregou 59 jatos no 3T24, 41 jatos executivos (22 leves e 19 médios), 16 jatos comerciais e 2 cargueiros multimissão C-390 Millennium em Defesa & Segurança; resultado 26% acima quando comparado ao trimestre anterior (47 jatos) e 37% acima do mesmo período do ano passado (43 aeronaves).
Do segundo para o terceiro trimestre de 2024, Defesa & Segurança registrou o maior aumento na carteira de pedidos (+US$ 1,5 bilhão), seguida por Serviços & Suporte (+US$ 367 milhões), enquanto a Aviação Executiva e a Comercial registraram reduções marginais (US$ -184 milhões e US$ -168 milhões, respectivamente).
No final de setembro, a Fitch Ratings elevou a classificação de risco de crédito da Embraer de “BB+” para “BBB-” com perspectiva estável. Atualmente, tanto a S&P quanto a Fitch classificam a Embraer como Investment Grade (IG). A classificação da Moody’s continua Ba1 (ou seja, um nível abaixo do IG), mas recentemente a perspectiva da empresa foi revisada para positiva.
As receitas totalizaram R$9,4 bilhões no trimestre, com aumento de quase 50% ano contra ano. Destaque para as receitas da Aviação Executiva e Defesa & Segurança, com crescimento superior a 85% no comparativo ano a ano, cada uma.
O EBIT ajustado atingiu R$1,6 bilhão com uma margem de 17,6% no 3T24 (R$818,0 milhões e 8,7% sem a arbitragem da Boeing; R$496,6 milhões e 7,9% foram os números reportados no 3T23).
O fluxo de caixa livre ajustado sem Eve foi de R$1,4 bilhão no 3T24 devido a um número maior de entregas.