Embraer divulga lucro de US$ 164 milhões em 2023

Segundo a empresa, foi o melhor resultado em cinco anos

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Phenom 300E Embraer
Phenom 300E. Imagem: Embraer

Em nota, a Embraer divulgou ter tido lucro líquido de US$ 164 milhões em 2023, melhor resultado financeiro da companhia em cinco anos. O desempenho reverte prejuízo de US$ 185,4 milhões registrado em 2022.

A empresa entregou 75 jatos no quarto trimestre de 2023, sendo 25 aeronaves comerciais, 49 jatos executivos (30 leves e 19 médios) e 1 C-390 militar. Em 2023, a Embraer entregou um total de 181 jatos, dos quais 64 foram aeronaves comerciais, 115 jatos executivos (74 leves e 41 médios) e 2 C-390 militares. As entregas da Embraer aumentaram 13% na comparação com os 160 jatos em 2022. A companhia continua enfrentando desafios na cadeia de suprimentos, que impactaram negativamente os resultados de 2023.

A carteira de pedidos firmes (backlog) encerrou o quarto trimestre de 2023 em US$ 18,7 bilhões, o maior volume registrado nos últimos seis anos. A aviação executiva e a aviação comercial registraram book-to-bill superior a 1:1. O backlog da Embraer Serviços & Suporte atingiu o valor mais alto desde 2017, encerrando o ano em US$ 3,1 bilhões.

A receita totalizou R$ 9,7 bilhões no quarto trimestre de 2023 e R$ 26,1 bilhões em 2023, em linha com as estimativas da empresa e 11% maior do que em 2022. Todas as unidades de negócios tiveram um crescimento nas receitas e volumes em relação ao ano anterior; a Embraer Defesa & Segurança foi o destaque, com crescimento de 21%, seguida pela aviação comercial, com 15%.

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O Ebit ajustado atingiu R$ 889,6 milhões no quarto trimestre de 2023, com margens Ebit e Ebitda ajustadas de 9,1% e 12,8%, respectivamente. Em 2023, a empresa reportou um Ebit ajustado de R$ 1,7 bilhão, com margens Ebit e Ebitda ajustadas de 6,5% e 10,6%. Os valores atenderam as estimativas para o ano da companhia, e foram impulsionados por volume e eficiências corporativas e tributárias.

O fluxo de caixa livre ajustado sem EVE (FCL) no quarto trimestre de 2023 foi de R$ 3,4 bilhões e elevou o FCL do ano para R$ 1,4 bilhão, superando as estimativas da companhia. O FCL foi impulsionado por robustos adiantamentos de vendas (PDPs).

A S&P Global Ratings elevou a classificação da Embraer para grau de investimento (IG), enquanto a Moody’s a elevou para Ba1 (um nível abaixo do IG). Enquanto isso, a Fitch, que classifica a empresa como BB+ (um nível abaixo do IG), revisou a perspectiva da empresa para positiva.

C-390 Millennium Embraer
C-390 Millennium

Estimativas para 2024: entregas de aeronaves da aviação comercial entre 72 e 80 e entregas de aeronaves da aviação executiva entre 125 e 135. Receita total da empresa entre US$ 6,0 e US$ 6,4 bilhões, margem Ebit ajustada entre 6,5% e 7,5% e fluxo de caixa livre ajustado de US$ 220 milhões ou maior para o ano.

A receita consolidada de R$ 26,1 bilhões em 2023 representou um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Todas as unidades de negócio tiveram expansão nas receitas: defesa & segurança (21%), aviação comercial (15%), aviação executiva (8%) e serviços & suporte (8%). A receita total ficou dentro da faixa das estimativas de US$ 5,2 a US$ 5,7 bilhões para o ano.

Aviação executiva teve receitas que atingiram R$ 6,9 bilhões, 8% a mais do que no mesmo período do ano anterior. O crescimento se deve principalmente a um aumento nos volumes. A margem bruta caiu de 23,4% para 19,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao mix de produtos (proporcionalmente mais jatos médios do que jatos leves) e benefícios fiscais não recorrentes.

Defesa & Segurança atingiu uma receita de R$ 2,6 bilhões, valor 21% maior em relação a 2022, impulsionada por maiores volumes de C-390. A margem bruta reportada foi de 20,8% em 2022, versus 16,7% em 2023. O resultado na margem bruta deveu-se ao mix de produtos e a revisão de linha de base dos contratos atuais, de acordo com a metodologia de cálculo da porcentagem de conclusão (POC).

Aviação comercial apresentou receitas de R$ 9,1 bilhões, 15% superior ao ano anterior, em virtude do maior número de entregas e do mix de produtos. A margem bruta reportada diminuiu de 10,4% em 2022 para 8,0% em 2023 devido a variação do mix de produtos, frete mais alto (ramp-up das estruturas E2) e benefícios fiscais não recorrentes.

Serviços & suporte expandiu a receita para R$ 7,1 bilhões, valor 8% maior em relação ao ano anterior. A expansão da unidade de negócios se deve principalmente ao crescimento do segmento. A margem bruta reportada de 28,0% em 2022 diminuiu para 26,7% em 2023 devido ao mix de serviços, com maior contribuição de MRO (Manutenção, Reparo e Revisão, na sigla em inglês) e benefícios fiscais não recorrentes.

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